Neste dia 24 de julho, a Igreja latina celebra São Charbel, monge e presbítero, representante angelical do monasticismo oriental.
Youssef Antoun Makhlouf nasceu em 1828 na vila de Bekaa Kafra, ao norte do Líbano, na área mais alta da região montanhosa do país. Seu pai, Antun Zarour Makhlouf, morreu de forma precoce enquanto prestava trabalho forçado ao Império Turco-Otomano, deixando o ainda jovem Youssef, seus irmãos e sua mãe, Brigitta Al-Chidiac, sozinhos. Enquanto ainda era criança, o santo já tomava conta do pequeno rebanho da família.
Enquanto cuidava dos animais, inspirado em dois de seus tios maternos que eram monges eremitas, Charbel rezava em uma pequena gruta, inicialmente apelidada por outros de forma irônica como “a gruta do santo”, onde Charbel havia posto um ícone da Virgem Maria.
Já adulto, continuava a sentir uma imensa vontade de ingressar na vida monástica. Aos 23 anos, sem avisar sua mãe, se retirou para o mosteiro de Nossa Senhora de Mayfouq, onde fez seu primeiro ano de noviciado e assumiu o nome “Charbel” em homenagem a um mártir do século II. Posteriormente, enviaram-no para o mosteiro de São Maron de Annaya, onde viveu até sua morte, no dia 24 de dezembro de 1898, aos 70 anos de idade.
Responsável por vários milagres
Durante sua exemplar vida, é possível ressaltar um ocorrido que ressalta sua grande elevação. Um dia, foi levar sua lamparina para que seu companheiro, chamado Saba Mussa (ainda adolescente), a preenchesse com azeite. De modo a pregar uma peça no monge, encheu-a com água e a devolveu. Para sua surpresa, havia luz saindo da cela, partindo da mesma lamparina. A notícia se espalhou e, no dia seguinte, o padre Charbel foi convidado pelo Padre-Geral da Ordem a ocupar a cela do falecido padre Eliseu Kassab Al-Hardini, irmão de São Nimatullah Kassab, que havia sido um professor de Charbel.
Após sua morte, seu supervisor disse que sua conduta era “mais próxima da angélica do que da humana” e previu que se falaria mais sobre o santo após sua morte do que em vida. De fato, pois grandes foram os milagres que realizou após sua morte.
“No dia 24 de dezembro de 1898 Padre Charbel de Bekaa Kafra, eremita, foi atacado pela paralisia; recebeu os últimos sacramentos, e morreu aos 70 anos de idade; foi sepultado no cemitério da comunidade, sendo superior o Padre Antônio Michmichâni. Os fatos “post-mortem”(após a morte) me dispensarão de dar maiores detalhes sobre sua vida. Fiel a seus votos, de obediência exemplar, sua conduta era mais angélica que humana.”
A começar por seu corpo, que não apenas permaneceu incorrupto, como também sangrando, flexível e transpirando até o dia de sua beatificação. Esta realizada no dia 5 de dezembro de 1965, ao final do Concílio Vaticano II. Uma comissão dupla (eclesiástica e médica) abriu seu túmulo 7 vezes de 1901 até 1965. Após sua beatificação, sua carne não conheceu a corrupção, pois apenas se sobraram os ossos, frescos e rosados. Fortes luzes apareceram em seu túmulo após seu enterro.
São Charbel: Grande e poderoso intercessor
A intercessão do “Padre Pio do Oriente” curou muitos. Consideraram os casos da irmã Maria Abel Kamari, que sofreu uma úlcera estomacal por 14 anos, e Alexandre Obeid, que recuperou a visão de um olho, para sua beatificação. Para sua canonização, foi estudado o caso de Mariam Assaf Awad, curada de um câncer avançado na amígdala. De acordo com o mosteiro de Annaya, mais de 29 mil pessoas já receberam um milagre documentado de São Charbel. 1/10 sendo de pessoas não-batizadas, sendo druzes, judeus, ateus, muçulmanos etc.
Esta oração abaixo é uma poderosa forma de pedir a intercessão do santo em sua vida.
Glorioso São Charbel, fiel seguidor e servo de Jesus
Vossa intercessão é convocada e conhecida por todo o mundo
A Igreja o convoca nos momentos de desespero e mal incurável.
Confiantes, recorremos ao seu auxílio nas situações difíceis a qual nos encontramos.
Concedei-nos as graças necessárias da saúde do corpo e alma.
Queremos sempre lembrar-nos deste favor, da vossa intercessão.
Para a maior glória de Deus e o bem de nossas almas.
São Charbel, rogai por nós!
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Fonte: https://www.igrejamaronita.org.br
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