Margarida Maria Alacoque é a santa modelo do Sagrado Coração de Jesus…
Nos textos anteriores, tratamos de parte das Doze Promessas do Sagrado Coração. Ainda vamos falar delas, pois é um assunto vastíssimo de boas surpresas e bênçãos.
No entanto, hoje vamos dar uma paradinha, um freio de arrumação, em nossa procura de subir a uma devoção cada vez mais fervorosa e cada vez mais bem compreendida do Sagrado Coração.
Aliás, fervor sem compreensão, muitas vezes, é fogo de palha. Conhecimento sem fervor pode escorregar para ciência fria. Ou seja, o ideal é o fervor e conhecimento em mútua e intensa colaboração. Em suma, o conhecimento seguro ativa o fervor, enquanto o fervor, ornado pela prudência, estimula o desejo de conhecer sempre mais, bebendo nas melhores fontes da história do Sagrado Coração.
Santa Margarida Maria Alacoque não é apenas a vidente que recebeu do Salvador as chamadas Quatro Grandes Revelações (ocorridas entre dezembro de 1673 e junho de 1675), que construíram uma base a partir da qual vieram estudos teológicos, aprovações eclesiásticas, consagrações, movimentos de piedade insignes e dedicações sem conta.
Aqui está o ponto central de hoje:
em larga medida, ela é a santa modelo do devoto do Sagrado Coração. Para ela, devemos olhar sempre e nela devemos nos inspirar, com discernimento, imitando seus exemplos de vida.
Margarida tem raiz latina e significa pérola. Mais remotamente, vem do grego “margarites”, com raízes no persa “murvarid”, palavras que originalmente significavam “criaturas de luz”. Mas, vamos parar por aqui, pois chega de tocar na origem do nome Margarida.
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Este é um artigo sobre o Sagrado Coração, não uma aula de etimologia, embora seja um auxiliar precioso no estudo. Pois Margarida, à vera, é pérola; Margarida é também “criatura de luz”. Pérola de valor e brilho, que orna o espírito de virtudes, criatura de luz que ilumina os ambientes e vetor no esclarecimento de rumos. Luz e calor para todos.
Era francesa Santa Margarida Maria Alacoque. Nasceu em 22 de junho de 1647 no vilarejo de Verosvres, na Borgonha, região histórica no centro-leste da França, foco de fulgurações de alta cultura, famosa pelos vinhos e numerosos castelos em seu território, hoje de 31.582 km².
Esses castelos são rudes marcos perenes de sua marcha de lutas, sofrimentos, derrotas, alegrias e vitórias. “Proportione servata”, guardadas as medidas, são um retrato expressivo de qualquer história humana, mesmo as mais singelas.
Faleceu no convento visintandino de Paray-le-Monial em 17 de outubro de 1690, aos 43 anos. A família Alacoque tinha posses, vivia bem e gozava de reputação limpa na região, primando pela seriedade e honra. Claude Alacoque, o pai, foi escrivão real e gozava, claro, de “fé pública”.
Hoje, seria considerada uma família bem relacionada na burguesia intelectual. Dos quatro aos sete anos, segundo costume da época, Margarida foi educada no castelo de madame de Corcheval, senhora nobre da região e madrinha dela. Quando madame de Corcheval morreu, a afilhada voltou à casa dos pais.
Esta origem familiar e sua educação fizeram da grande santa do Sagrado Coração uma figura que naturalmente tornou a devoção mais acessível para todas as condições sociais. Santa Margarida Maria teve uma linguagem apropriada para a França inteira, expandindo-se mundo afora.
A primeira grande característica de Santa Margarida Maria foi seu horror ao pecado. Desde muito menina, era inteiramente reta. Bastava lhe lembrar que tal ação ofendia a Deus, que despertava nela um horror intenso. A este horror ao pecado, juntavam-se grande gosto pela oração e pela penitência, além de uma grande propensão a ajudar os pobres. Sempre encontrava meios de ajudar os pobres, mesmo quando era de pouquíssima idade.
O horror ao pecado, o gosto pela oração, a facilidade de se aplicar penitências e a familiaridade com o sofrimento, bem como o gosto de ajudar os pobres, formavam um harmônico conjunto de virtudes que facilitou a difusão de uma das características da devoção ao Sagrado Coração nos Tempos Modernos: a reparação. O espírito de reparação pelos pecados pessoais, o espírito de reparação pelos pecados das nações e dos povos.
Ainda hoje, consta do mosteiro de Paray-le-Monial a opinião da madre Greyfié, a primeira superiora de Santa Margarida Maria, ainda noviça: “Ela era naturalmente judiciosa e sensata, tinha o espírito bom, o humor agradável e o coração tão caritativo quanto possível. Em uma palavra, pode-se dizer que era uma criatura das mais aptas para ter sucesso em tudo”.
Por fim, ficam acima alguns traços da santa modelo do Sagrado Coração. Nada mais agradável ao Divino Salvador do que admirá-los e imitá-los em toda a medida prescrita pela prudência.
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Uma resposta
Sagrado Coração de Jesus, continue abençoando e protegendo minha família.
Santa Margarida Maria de Alacoque, intercedei pela nossa saúde, amor ao próximo e pela fé cristã.
Amém, Assim seja em nome de Jesus