Entenda como a vida de Jesus foi um martírio contínuo, desde do seu nascimento

Entenda como a vida de Jesus foi um martírio contínuo, desde do seu nascimento

“A minha vida tem desfalecido com a dor, e os meus anos com os gemidos” (Sl 30, 11)

A vida de Jesus Cristo foi um martírio contínuo, e mesmo um duplo martírio, porque tinha continuamente diante dos olhos todas as dores que haviam de atormentá-Lo até à morte.

Entre todas aquelas dores, porém, a que mais o afligiu, foi a previsão dos nossos pecados e da nossa ingratidão depois de tamanho amor da sua parte.

Jesus Cristo podia salvar-nos sem padecer nem morrer; mas não quis. A fim de nos fazer conhecer até que ponto nos amava, quis escolher uma vida toda de tribulações.

Por isso, o profeta Isaías o chamou: “Homem das dores”, porque a vida de Jesus Cristo devia ser uma vida toda cheia de dores. A sua Paixão não teve seu princípio no tempo da sua morte, mas sim, no começo da sua vida.

Vede que Jesus, apenas nascido, é posto na manjedoura de uma estrebaria, onde tudo concorria para o atormentar;

É atormentado na vista, que não descobre na gruta senão paredes grosseiras e negras, no olfato, pelo fedor das imundícies dos animais que ali se acham e no tato, pelas picadas da palha que lhe servia de cama.

Pouco depois de nascido, vê-se obrigado a fugir para o Egito, onde passou vários anos da infância, na pobreza e no desprezo.

Nem diferente foi a sua vida depois em Nazaré;

E eis que finalmente termina a sua vida em Jerusalém, morrendo sobre uma cruz, pela veemência dos tormentos.

De sorte que a vida de Jesus foi um martírio contínuo, e mesmo um duplo martírio, por ter sempre diante dos olhos todos os sofrimentos que em seguida deviam atormentá-Lo até à morte.

À soror Maria Madalena Orsini, queixando-se um dia a Jesus crucificado, disse-lhe: 

Ó Coração infinitamente misericordioso de Jesus, não permitais que eu seja tratado como por meus pecados mereço.

“Mas, Senhor, Vós passastes somente três horas pregado na cruz, ao passo que eu já estou sofrendo vários anos”

Jesus, porém respondeu-lhe:

“Ó ignorante! Que estás dizendo? Desde antes de nascer sofri todas as dores da minha vida e da minha morte.”

Não foram precisamente as dores futuras que atormentaram Jesus Cristo, visto que de livre vontade aceitara os padecimentos.

O que O afligiu foi a previsão dos nossos pecados e da nossa ingratidão depois de tão grande amor seu.

Santa Margarida de Cortona não se cansava de chorar as ofensas feitas a Deus, até que um dia o confessor lhe disse:

“Margarida, basta; não chores mais porque Deus já te perdoou.”

A Santa, porém, respondeu:

“Ah, meu Pai, como poderei deixar de chorar, sabendo que os meu pecados têm afligido o meu Jesus durante sua vida toda”?

(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo I: Desde o Primeiro Domingo do Advento até a Semana Santa Inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 99-101).

****

Quer se aproximar mais da devoção ao Coração de Jesus?

Clique aqui e faça parte da nossa comunidade no Telegram.

Ao cadastrar-se na nossa comunidade, o seu nome será lembrado na próxima Santa Missa que vamos mandar celebrar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também gostará der ler...

Compartilhe:

Cadastre-se abaixo e receba orações, conselhos católicos e Mensagens de fé.
É GRÁTIS

Mais Postagens

contatos

Cadastre-se abaixo e receba orações, conselhos católicos e Mensagens de fé.
É GRÁTIS