Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Clique aqui
Ao dia de hoje seguirá a mais bendita noite. Nasce o Salvador, há quatro mil anos esperado ardentemente.
Nasce o Salvador; do presépio estende Seus bracinhos para aplacar a justiça de Deus ofendido; com Suas lágrimas lava as nossas culpas; com Seus gemidos pede para nós misericórdia; sofrendo para nos salvar.
Se em tal estado todo o menino recém-nascido te comove, o que deves sentir e fazer ao contemplar Jesus, que por ti desceu à terra, que por ti tanto padeceu e que quer ser todo teu!
Imaginemos ver a Jesus já nascido na gruta de Belém, e ouvir os anjos cantar glória a Deus e paz aos homens de boa vontade.
Quais devem ter sido os sentimentos que então se despertaram no Coração de Maria, ao ver o Verbo divino feito seu filho!
Qual a devoção e ternura de São José ao apertar contra o coração o santo Menino! Unamos os nossos afetos com os desses grandes personagens.
Quando Maria Santíssima entrou na gruta, pôs-se logo em oração. De súbito vê uma refulgente luz, sente no coração um gozo celestial, abaixo os olhos, e, ó Deus! Que vê?
Vê já diante de si o Menino Jesus, tão belo e tão amável, que eleva os corações. Mas treme e chora; segundo a revelação feita a Santa Brigida, estendia as mãozinhas para dar a entender que deseja que Maria o tome nos braços.
Maria, no auge de santa alegria, chama José. – Vem, ó José, disse ela, vem e vê, pois já nasceu o Filho de Deus. – Aproxima-se José, e vendo Jesus nascido, adora-o por entre uma torrente de doces lágrimas.
Em seguida, a santa virgem, movida de compaixão maternal, levanta com respeito o amado Filho, e conforme a já citada revelação, faz por aquecê-lo com o calor de seu rosto e do seu peito.
Tendo-o no colo, adora o divino Menino como seu Deus, beija-lhe os pés como a seu Rei, e beija-lhe o rosto como a seu Filho e procura depressa cobri-lo e envolvê-lo nas mantilhas.
Mas ai, como são ásperos e grosseiros os paninhos! Além disso, são frios e úmidos, e naquela gruta não há calor para aquentá-los.
Consideremos aqui os sentimentos que surgiram no coração de Maria, quando viu o Verbo divino reduzido por amor dos homens a tão extrema pobreza.
Contemplemos a devoção e a ternura que ela experimentou quando apertava o Filho de Deus, já feito seu filho, contra o coração.
Unamos os nossos afetos aos de tão boa Mãe e roguemos a Deus Pai “que o novo nascimento do seu Unigênito feito homem, nos livre do antigo cativeiro, em que nos tem o jugo do pecado”.
(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo I: Desde o Primeiro Domingo do Advento até a Semana Santa Inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 76-79)
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Uma resposta
Peço pela paz o amor em minha família e união em minha comunidade que o menino Jesus venha nos iluminar com sua infinita bondade e misericórdia a todo o mundo..