Você sabe qual o remédio para o mal dos tempos atuais?
Deus, em sua paternal providência, proporciona a cada época os remédios adequados contra os males de que padece. São graças próprias para combater seus erros e defeitos mais característicos;
Elas dotam a Igreja de instrumentos novos em sua missão de salvar as almas.
Foi assim em relação à Idade Média, quando surgiram a Ordem Franciscana e a Ordem Dominicana. Foi assim também em relação ao início dos Tempos Modernos, quando foi fundada a Companhia de Jesus.
A princípio, os Franciscanos preservaram grande parte da Europa, oferecendo o bom exemplo de renúncia e de espiríto sobrenatural a um mundo terra-a-terra, ávido do gozo da vida.
Ademais, Os Dominicanos, batalharam com a palavra e a pena para a extinção de heresias, como a dos cátaros, que aparecera com grande violência e capacidade de expansão.
Por fim, os Jesuítas, séculos depois, deram um impulso decisivo à reação Católica contra o Humanismo e o Protestantismo, que ameaçavam arrancar a Europa inteira do seio da Igreja.
Assim, a história da Igreja está cheia de exemplos semelhantes.
Em suma, todos esses movimentos agiram como um contraveneno poderoso contra toxinas que dificultavam a ação da Igreja.
Não apenas as pessoas e as instituições são suscitadas pela Providência para ir contra o mal. Ela faz o mesmo também com formas de piedade.
Nos últimos séculos, o mal ganhou uma proporção apocalíptica; porém, do mesmo modo, o culto ao Sagrado Coração foi a devoção que mais se difundiu na Igreja e a que recebeu maior estímulo do Magistério Pontifício.
Que relação haveria entre os dois fenômenos? É simples.
De um lado o veneno da corrupção; do outro, o antídoto da sanidade. Resta aos homens aceitá-lo e utilizá-lo continuamente.
O Papa Leão XIII a compara, com a Cruz que apareceu a Constantino, no início do século IV e lhe indicou o rumo a tomar.
Nesta época, o paganismo dominava esmagadoramente, e diante dele os cristãos era pequena minoria, oprimida demais, constituindo em torno de 5% da população do Império Romano.
“In hoc signo vinces” – “Com este sinal, vencerás”.
E a Cruz foi pintada no estandarte do general romano, nos escudos, capacetes e armas dos soldados. Presidiu a contra-ofensiva vitoriosa contra os poderes satânicos que subjugavam a Antiguidade.
Apesar de todas as dificuldades, os cristãos triunfaram e o Paganismo caiu. O Edito de Milão, em 313, foi um primeiro passo de glorificação da Cruz de Cristo. Para os cristãos daqueles tempos, a Cruz foi o estandarte da vitória.
Fonte: O estandarte da vitória, Péricles Capanema
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