A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é a regeneração da Humanidade! Clique aqui e entenda.
Insistentemente, têm os Santos Padres recomendado que a humanidade intensifique o culto que presta ao Sagrado Coração de Jesus a fim de que, regenerado o homem pela graça de Deus e compreendendo que deve ser Deus o centro de seus afetos, possa reinar novamente no mundo aquela tranquilidade da ordem.
Não se trata apenas de um dever de piedade imposto pela própria ordem das coisas, mas de um dever que a tragédia contemporânea torna mais tragicamente premente.
Não há quem não se alarme com os extremos de crueldade a que pode chegar o homem contemporâneo.
Essa crueldade não se atesta apenas nos campos de batalha (Segunda Guerra). Ela transparece a cada passo, nos grandes e nos pequenos incidentes da vida de todo o dia, através da extraordinária dureza e frieza de coração com que a generalidade das pessoas trata seus semelhantes.
As mães em cujas entranhas decresce de intensidade o amor pelos filhos;
os maridos que atiram à desgraça um lar inteiro, com o único intuito de satisfazer seus próprios instintos e paixões;
os filhos que, indiferentes à miséria ou ao abandono moral em que deixam seus pais, voltam todas as suas vistas para a fruição dos prazeres desta vida;
os profissionais que se enriquecem às custas do próximo, mostram muitas vezes uma crueldade fria e calculada, que causa muito mais horror do que os extremos de furor a que a guerra pode arrastar os combatentes.
E isto sobretudo quando não se trata de ações isoladas, mas de hábitos inveterados que multiplicam indefinidamente as más ações.
A guerra, tal qual ela é hoje feita, é um índice de crueldade, mas está longe de ser a única manifestação da dureza moral contemporânea.
O egoísmo
Quem diz crueldade diz egoísmo. O homem só prejudica seu próximo por egoísmo, por desejar beneficiar-se de vantagens a que não tem direito. Assim, pois, o único meio de extirpar a crueldade consiste em extirpar o egoísmo.
Ora, a teologia nos ensina que o homem só pode ser capaz de verdadeira e completa abnegação de si mesmo quando seu amor ao próximo é baseado no amor de Deus.
Fora de Deus não há, para os afetos humanos, estabilidade nem plenitude. Ou o homem ama a Deus a ponto de se esquecer de si mesmo, e neste caso ele saberá realmente amar o próximo; ou o homem se ama a ponto de se esquecer de Deus, e, neste caso, o egoísmo tende a dominá-lo completamente.
Assim, é só aumentando nos homens o amor de Deus, que se poderá conseguir deles uma profunda compreensão de seus deveres para com o próximo.
Combater o egoísmo é tarefa que implica necessariamente em “dilatar os espaços do amor de Deus”, segundo a belíssima frase de Santo Agostinho.
Amemos o Sagrado Coração de Jesus. Esforcemo-nos por que essa devoção triunfe autenticamente (e não apenas através de alguns simbolismos da realidade) em todos os lares, em todos os ambientes e, sobretudo, em todos os corações. Só assim conseguiremos reformar o homem contemporâneo.
Fonte: IPCO.
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