Como evitar o Inferno? Nosso Senhor responde.
Encontra-se no Credo que é professado solenemente que Cristo foi crucificado, morto e sepultado, desceu aos infernos e ressuscitou ao terceiro dia.
A tradição da Igreja reza que, naquele dia, um grande silêncio reinou sobre a terra devido à ausência de Cristo.
A afirmação “Jesus desceu à mansão dos mortos” quer expressar que Jesus, realmente, morreu, e por sua morte venceu a morte e o Diabo, o dominador da morte.
A tradição da Igreja reza ainda que, na descida à mansão dos mortos, Cristo primeiro procurou Adão, o nosso primeiro pai, a ovelha perdida.
Deus vai em busca de Adão e Eva que estavam mortos, perdidos pelo pecado. Esse é o primeiro sinal de que o desejo de Deus é que ninguém fique preso a morte, mas seja resgatado do pecado por Cristo.
É quase que impossível pensar em inferno e não imaginar o mistério do juízo final.
O teólogo Hans Urs von Balthasar, apresenta, em seu tratado sobre o inferno, que a responsabilidade é individual de cada pessoa, frente ao tribunal de Deus.
Porém, ele ainda traz a novidade do Novo Testamento que está apresentado nos evangelhos: “Quem não está comigo, está contra mim” (cf. Lc 11,23);
“Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos” (cf. Mc 8,38).
Ainda no Evangelho de São João, a divisão entre Cristo, que é luz, e a sua separação, que é trevas, ou seja, a negação de Cristo.
Contudo, a solução para esse cisma está no amor, sim no mandamento do amor: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.
Somente o amor é digno de fé, já dizia von Balthasar, ele nos livra da condenação ao inferno e, ao mesmo tempo, de fazermos de Deus um mentiroso.