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É o que São João Batista pedia. E é o que os Apóstolos dos Últimos Tempos pedirão aos homens.
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Ao lado da polêmica e da luta, vemos a humildade. São João Batista via os defeitos dos homens profundamente como eram. Tinha uma noção completa da gravidade do pecado original.
Nele nada havia dessa espécie de otimismo insípido com relação a natureza humana, que é inerente ao devoto tíbio e às fraquezas da piedade “heresia branca”.
São João Batista dava “nome aos bois” porque via que os “bois” eram “bois”.
Perguntará alguém: “mas onde está a nota mariana em São João Batista? Onde está a presença de Nossa Senhora em sua pregação?”
A resposta está em que Nossa Senhora deveria se manifestar à Igreja apenas mais tarde.
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Ela começou a se manifestar por ocasião da vida de Nosso Senhor, mas sua ação passou a tornar mais sensível na Igreja, quando Nosso Senhor subiu ao Céu.
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Aí Ela ficou para presidir os destinos da Igreja. Não cabia a São João Batista manifestar diretamente Nossa Senhora em sua pregação.
Porém, nela havia algo de Nossa Senhora muito importante: é que, quando Nossa Senhora foi visitar Santa Isabel, ouvindo a voz de Nossa Senhora, ele teve a ventura de ser purificado do pecado original antes do nascimento.
Santa Isabel, ao ser saudada, disse: “meu filho, dentro de meu próprio seio, estremeceu de gáudio”.
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É uma alma tão ardentemente mariana que, ainda no seio materno, prestou a Nossa Senhora um ato de devoção intensíssimo.
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A voz dEla como sendo precursora da voz do Cordeiro de Deus, que ele devia anunciar, fez com que ele estremecesse inteiramente de gáudio
Portanto, é o Apóstolo, o discípulo fiel, devoto perfeito de Nossa Senhora, que ouve a voz de Nossa Senhora e nela discerne os primeiros ecos da voz de Nosso Senhor e que com a voz dEla estremece inteiramente de gáudio.
O gáudio, que ele teve, deve-lhe ter permanecido a vida inteira; e aquela voz de Nossa Senhora deve ter-lhe sido uma consolação espiritual constante.
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Ademais, sendo ele parente de Nossa Senhora, é provável que em menino tenha conhecido Nossa Senhora e tenha privado com Nossa Senhora.
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Então, sempre que ele ouvisse a voz dela, estremecesse de um gáudio, que era a continuação do gáudio que sentiu quando a ouviu pela primeira vez, antes mesmo de nascer.
Devemos, portanto, venerar em São João Batista, o modelo de todos os nossos ideais: modelo do verdadeiro e perfeito devoto de Nossa Senhora, do verdadeiro e perfeito devoto de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Humilde em relação a Nosso Senhor, como se deve ser, a ponto de dizer que não era digno de desatar as sandálias de Nosso Senhor.
Com relação a Nosso Senhor, ele teve aquela expressão magnífica, o contrário da pessoa megalomaníaca (que tem mania de aparecer):
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“A Ele compete crescer e a mim, João Batista, compete diminuir”. Porque ele não era feito senão para anunciar o Messias, que vinha.
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E uma vez que o Cordeiro de Deus tinha chegado, que o Messias estava pregando aos homens, a sua profecia estava cumprida, e ele ia declinando para o martírio, enquanto Nosso Senhor ia subir e realizar sua missão na História.
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Vejam a admirável humildade de tudo isso: o apagamento, não querer aparecer, não querer estar nas horas de triunfo.
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Ele vai até o martírio, mas seu nome sobe aos céus numa glória enorme, e sua alma, depois, é venerada por toda a Cristandade, até ao fim dos séculos…
Devemos pedir a São João Batista que nos dê todas essas disposições. Faça-nos perfeitos devotos de Nossa Senhora.
Sobretudo, que tenhamos em nossa alma um ouvido interior por onde, quando ouvirmos a voz de Nossa Senhora, estremeçamos de gáudio também.
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Que nunca um pedido de Nossa Senhora nos encontre de má vontade, com o desejo de não atende-La.
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Mas que toda palavra que Ela nos diga, pela graça, no interior de nossa alma, seja uma palavra que nos faça “estremecer de alegria” até quando for uma palavra austera, até quando for uma palavra de renúncia, de sacrifício e sofrimento.
Isto é, com a alegria que Nosso Senhor conservou na alma, no Horto das Oliveiras, para dizer sempre “sim” à Nossa Senhora.
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Esta é a graça essencial que devemos pedir, hoje, a São João Batista.
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Fonte: Marcos Aurélio Vieira. Texto composto com base em considerações feitas pelo Prof. Plínio Corrêa de Oliveira, em 24.6.1964.
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MISSA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
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