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Catecismo sobre a santificação do domingo.
Vós trabalhais, trabalhais, meus filhos, porém o que ganhais vos arruína a alma e o corpo.
Se se perguntasse a esses que trabalham no domingo: “Que é que acabais de fazer?”, eles poderiam responder:
“Acabo de vender meu burro ao demônio, de crucificar Nosso Senhor e de renunciar ao meu batismo. Vou para o inferno… Terei que chorar toda uma eternidade por um nada…”
Quando eu vejo uns que carregam no domingo, penso que carregam a sua alma para o inferno.
Oh! Como se ilude nos seus cálculos aquele que se afana no domingo, com o pensamento de que vai ganhar mais dinheiro ou fazer mais trabalho!
Acaso um pouco mais de dinheiro poderá compensar o dano que ele causa a si próprio, violando a lei de Deus?
Vós imaginais que tudo depende do vosso trabalho; vem, porém, uma doença, um acidente…
É preciso tão pouca coisa! Uma tempestade, uma chuva de granizo, uma geada.
Deus tem tudo nas mãos; pode vingar-se como quiser; meios não lhe faltam. Não é sempre Ele que é o mais forte? E não deve Ele permanecer o Senhor no fim?
Havia uma vez uma mulher que viera procurar o seu vigário e lhe pedir licença para apanhar o seu feno no domingo. “Mas, diz-lhe o vigário, não é necessário; o vosso feno não corre risco algum”.
A mulher insistiu, dizendo:
“O sr. quer então que eu deixe morrer a minha colheita?” Foi ela quem morreu à tarde mesmo… Ela estava mais em perigo do que a sua colheita…
Trabalhai, não para a comida que perece, mas para a que dura para a vida eterna (Jo 6, 27).
Que vos rende o haverdes trabalhado no domingo? Deixais bem a terra tal qual é quando vos ides embora; não levais nada. Ah! Quando se está apegado à terra, não é bom ir-se dela!…
O nosso primeiro fim é ir para Deus; só estamos na terra para isto.
Meus irmãos, deveríamos morrer no domingo e ressuscitar na segunda-feira.
O domingo é o bem de Deus; é o dia dele, o dia do Senhor. Ele fez todos os dias da semana;
Podia reservá-los todos para si; deu-vos, no entanto seis e reservou para Si apenas o sétimo.
Com que direito tocais naquilo que vos não pertence? Sabeis que o bem roubado nunca aproveita.
O dia que roubais ao Senhor tão pouco vos aproveitará. Conheço dois meios bem seguros de se ficar pobre: trabalhar no domingo e tomar o bem de outrem.
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Fonte: retirado do livro “Espírito do Cura D’Ars” de Abbé Monnin.
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Uma resposta
Todos os dias é maravilhoso que Deus. nos deu para viver. Amém.