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Faleceu no Rio de Janeiro, em 27 de Junho de 1925,
Uma jovenzinha de 18 anos, flor delicada e bela da virtude que Santa Teresinha fez germinar em nossa terra.
Chamava-se Laura Nogueira.
Modelo de piedade, candura e modéstia, esta alma pura adiantou-se muito na via de Santa Teresinha.
Vítima de tuberculose, dias após a canonização de nossa santinha, recolheu-se Laurita ao leito de dores e sofrimentos, onde haviam de brilhar as suas virtudes.
Foi nesta doença que revelou todo o seu amor a Jesus:
“Meu Jesus, repetia ela, eu vos amo até a loucura.
Meu Jesus, eu quero morrer num êxtase de amor!
Meu Jesus, eu vos ofereço todo o meu amor!”
E quando as dores apertavam mais:
“Jesus! Nunca me deleitei neste mundo e isto foi para mim de grande proveito”.
Na humildade da sua alma, repetia:
“Eu sou uma florzinha muito pequenina” (aludindo à flor, pela qual tinha uma predileção toda especial, por ser muito mimosa e delicada).
Devotíssima de Santa Teresinha, costuma repetir:
“Eu sou da legião das amiguinhas de Teresinha. Teresinha, leva-me a Maria, e Maria me levará a Jesus”.
Um dia, depois de ter recebido a Santa Comunhão, num transporte de amor, erguendo os braços e quase elevando-se da cama, prorrompeu:
“Meu Jesus, eu vos amo até a loucura!”.
No mesmo dia em que entregou sua bela alma a Deus, estando em estado comatoso, quase acordando de um sono, exclamou:
“Meu Jesus, eu vos amo tanto que hoje mesmo desejo ver-vos no Céu!”
Neste mesmo dia, perguntou-lhe o seu confessor que a assistia: o que pensas filhinha?
“Penso no meu esposo Jesus”.
Tendo-lhe o mesmo apresentado a mãe e a irmã, ela disse:
“Minha Mãe é Maria Santíssima”.
E teu esposo? Replicou o confessor? “É Jesus”.
E tua irmã? “É Teresinha”.
Teu irmão? Hesitou um instante, e o sacerdote adiantou:
“É São Luiz Gonzaga?” e ela disse: “Oh! Sim, é São Luiz!”.
Devotíssima de Nossa Senhora do Carmo, disse que desejava morrer no sábado, para não passar pelo purgatório;
E quando chegou a manhã do dia 27, depois de ter recebido a Sagrada Comunhão, sem saber que era mesmo sábado, disse ao seu confessor:
“Meu pai, é hoje que vou ao Céu. Sim ao Céu!”
E repetia:
“Mãezinha, entrega a tua filhinha a Jesus!”
Desejosa de entrar logo depois da morte no Céu, dizia:
“Jesus, dai-me mais sofrimento porque depois da minha morte quero ir direitinho para o Céu”.
Chamou sua querida irmã Carlinda e lhe disse:
Minha irmã escreve as jaculatórias que quero que repitas na hora da minha morte.
Atendendo ela ao pedido, Laurinha ditou:
“Jesus, eu vos amo tanto que hoje mesmo desejo ver-vos no Céu…
Jesus, eu vos amo tanto que só por amor abandono inteiramente o mundo…
Jesus, eu vos amo tanto que o meu desejo de ir para o Céu é somente para poder satisfazer a sede do vosso amor e a necessidade de amar infinitamente o infinito amor…
Jesus, eu vos amo tanto, mas desejaria amar-vos o quanto mereceis…
Jesus, eu quero morrer abrasada no vosso amor…
Meu Jesus, eu vos ofereço os meus sofrimentos pelos agonizantes;
Pelos pecadores e especialmente pela conversão dos espíritas, que estão afastados do caminho da verdadeira religião”.
Durante a sua longa agonia, repetia:
“No Céu, serei a protetora dos agonizantes. Coitadinhos!
Precisam tanto de quem interceda por eles!
Quanto é bom ter religião e fé na hora da morte! Jesus, eu vos agradeço”.
Horas antes de seu desenlace, ergueu os braços e, olhando para o Céu, num sorriso celestial, ficou extasiada por muito tempo, e murmurou:
Vejo…
O confessor perguntou-lhe: Quê vês, filhinha, vês Maria Santíssima? Disse que não.
Vês Jesus?
“Sim, vejo Jesus. Oh! Que bonito é Jesus!”
Quando já se aproximava o momento extremo, o Padre lhe dizia: Laurinha, faze um ato de amor e dá um sinal com os olhos que estás amando a Jesus.
E ela com muito esforço mexia os olhos vidrados e os lábios áridos, cruzados os braços sobre o peito com o Crucifixo nas mãos, como uma vela consumida;
Deu, placidamente, o último suspiro e voou ao Céu, para cantar o eterno hino de amor a seu Esposo querido.
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Fonte: livro “Via da Infância Espiritual na Escola de Santa Teresinha” de Mons. Ascânio Brandão.
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