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Santa Perpétua e o Purgatório:
Já nos primeiros séculos, segundo o testemunho de Tertuliano e dos Santos Padres e os monumentos;
Os cristãos sufragavam os mortos com orações, e pelo Santo Sacrifício da Missa celebrado sobre as sepulturas.
Nas inscrições e nos epitáfios se encontraram, nas catacumbas, belas preces pelos mortos. No século IV em 302, Santa Perpétua nos conta uma visão do purgatório.
Diz ela:
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“Estávamos em oração na prisão, depois da sentença que nos condenava a sermos expostas às feras, e de repente chamei por Denócrato.
Era um meu irmão segundo a carne. Morrera com câncer na face. A lembrança da sua triste sorte me afligia.
Fiquei admirada de me ter vindo à lembrança este irmão e me puz a rezar por ele com todo fervor, gemendo diante de Deus.
Na noite seguinte, tive uma visão na qual vi Denócrito sair de um lugar tenebroso no qual se acham muitas pessoas.Estava abatido e pálido, com a úlcera que o levou à sepultura.
Tinha uma grande sede. Junto de mim estava uma bacia com água, mas ele em vão tentava beber e não conseguia.Conheci que meu irmão estava sofrendo e era preciso rezar por ele. Pedi por ele dia e noite com muitas lágrimas, para que fosse libertado.
Alguns dias depois tive outra visão, na qual Denócrito me apareceu todo brando, brilhante e belo, e se inclinou e bebeu à vontade a água que antes não pode tirar.
Conheci por isso que estava livre do suplício.”
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Eis um belo trecho que vem provar a antiguidade da crença do purgatório.
Santo Agostinho reconhece a autenticidade das Atas de Santa Perpétua e nota que o irmãozinho da Santa deveria ter cometido alguma falta depois do batismo.
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Fonte: Retirado do livro “Tenhamos compaixão das pobres almas!” de Mons. Ascânio Brandão.
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