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1) A liberdade só se aplica àquilo que é verdadeiro e que é bom.
2) Se a pessoa adere às opiniões falsas e a vontade escolhe o mal e a ele se apega, ela decai da sua dignidade e se corrompe.
Explicação:
A liberdade de pensar e publicar os próprios pensamentos, subtraída a toda regra, não é por si um bem de que a sociedade tenha que se felicitar. É antes a fonte e a origem de muitos males.
A liberdade – esse elemento de perfeição para o homem – deve aplicar-se ao que é verdadeiro e ao que é bom.
Ora, a essência do bem e da verdade não pode mudar ao sabor do homem, mas persiste sempre a mesma.
E, não menos do que a natureza das coisas, é imutável.
Se a inteligência adere às opiniões falsas, se a vontade escolhe o mal e a ele se apega, nem uma nem outra atinge a sua perfeição, ambas decaem da sua dignidade nativa e se corrompem.
Não é, pois, permitido dar a lume e expor aos olhos dos homens o que é contrário à virtude e à verdade, e muito menos ainda colocar essa licença sob a tutela e a proteção das leis.
Não há senão um caminho para chegar ao céu, para o qual todos nós tendemos: é uma boa vida.
O Estado afasta-se, pois, das regras e prescrições da natureza se favorece a licença das opiniões e das ações culposas ao ponto de se poderem impunemente desviar os espíritos da verdade e as almas da virtude.
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Fonte: Carta Encíclica Imortale Dei – Papa Leão XIII
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