Por que o mês de julho é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus?
O mês de julho é especialmente dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo. Após o mês de junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, julho nos convida a honrar o sangue que Ele derramou pela salvação da humanidade. Portanto, este sangue, símbolo de vida, remete ao sacrifício de Jesus, que entregou sua vida por nós, como um ato supremo de amor e redenção.
A importância do sangue de Jesus
O sangue é essencial para a vida, e a expressão “derramar o sangue” nos lembra do martírio e da doação completa. Afinal, Jesus derramou seu próprio sangue para nos salvar, e essa devoção é uma resposta ao seu sacrifício. Aliás, São João Batista apresentou Jesus ao mundo como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), enfatizando que sem o seu sangue, não há salvação.
São Pedro também ensinou que fomos resgatados pelo sangue de Cristo: “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver… mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum” (1 Pd 1,18-19).
Origem da devoção ao Preciosíssimo Sangue
A devoção ao Preciosíssimo Sangue reconhece o sacrifício de Jesus pela salvação da humanidade. Este sangue se torna presente na Eucaristia, sendo comungado na Santa Missa sob a aparência de pão e vinho. A Igreja, ao longo do tempo, desenvolveu várias festas dedicadas ao Preciosíssimo Sangue. No século XIX, durante a Primeira Guerra Italiana pela Independência, o Papa Pio IX, exilado em Gaeta, declarou a intenção de criar uma festa universal em honra ao Precioso Sangue, pedindo a intervenção divina para o fim da guerra e a paz em Roma. Em 10 de agosto de 1849, ele oficializou a celebração no primeiro domingo de julho, posteriormente fixada em 1º de julho pelo Papa Pio X.
Significado do Preciosíssimo Sangue
O Preciosíssimo Sangue de Cristo simboliza sua vida divina e humana, oferecida como expiação pelos pecados da humanidade. O Catecismo da Igreja Católica (CIC 616) nos ensina que “nenhum homem, ainda que o mais santo, poderia tomar sobre si os pecados de todos os homens e oferecer-se em sacrifício por todos. A existência em Cristo da pessoa Divina do Filho torna possível seu sacrifício redentor por todos”.
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Reflexão e oração no mês de julho
Durante o mês de julho, refletimos sobre o sacrifício de Jesus e a profundidade de seu amor por nós. Meditar sobre o Preciosíssimo Sangue nos motiva a reconhecer e honrar a oferta total de Jesus pela humanidade.
“Mas Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores. Quanto mais, então, agora, seu sangue nos justifica, ele nos salva da ira” (Rm 5,8-9).
Oração para o mês de julho
Ó Deus, que pelo Precioso Sangue do teu Filho Unigênito redimiste o mundo inteiro, preserva em nós o trabalho de tua misericórdia, para que, sempre honrando o mistério da nossa salvação, possamos merecer obter bons frutos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Teu Filho, que vive e reina na unidade do Espírito Santo, um só Deus, para todo o sempre. Amém.
Evangelho de São Mateus (Mt 9, 1-8)
Naquele tempo, Jesus, entrando em um barco, atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. Apresentaram-lhe um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé deles, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!” Alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. O paralítico se levantou e foi para a sua casa. A multidão, vendo isso, ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.
Que este mês de julho, dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus, nos inspire a reconhecer o imenso sacrifício de Cristo e a viver com renovada fé e amor.
