
No fim da Quaresma, nossa reflexão se volta à Quinta-feira Santa.
Neste dia, recordamos a última ceia de Nosso Senhor Jesus Cristo com seus apóstolos. Desde este histórico momento, seguimos Seus ensinamentos na Santa Missa, cumprindo um rito que transcende o tempo.
Esta comunhão representa a morte e ressurreição de Cristo, mantendo viva Sua memória em cada Eucaristia e nos unindo a Ele por toda a eternidade.
A libertação das vaidades no rito do Lava-pés
Antes da festa da Páscoa, Jesus, ciente de que sua hora havia chegado, preparou-se para fazer a passagem deste mundo para ascender ao Céu.
Um ato supremo de amor e humildade, representado até os dias de hoje na Santa Missa, marcou esta preparação: o lava-pés.
Jesus, o Rei dos reis e Salvador dos Homens, inclina-se diante de seus discípulos e lava seus pés.
Em um gesto reservado apenas aos servos, Cristo nos ensina sobre a humildade e nos convida a viver uma comunhão mais profunda com Ele.

“Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe :
«Senhor, Tu vais lavar-me os pés?»
Jesus respondeu:
«O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde”».Evangelho (Jo 13, 1-15)
“Fazei isto em memória de mim”
Naquela última ceia, Jesus instituiu a Santíssima Eucaristia, o sacramento do seu Corpo e Sangue.
Desse modo, Cristo nos ensina que ao partilhar o pão e o vinho transmutados em seu Corpo e Sangue, nos unimos a Ele e a nossos irmãos.
Este momento é o cerne de nossa fé, pois, na Eucaristia, celebramos não apenas a memória da Paixão de Cristo. Da mesma forma, recordamos Sua presença real e viva entre nós, até o fim dos tempos.
A Quinta-feira Santa também marca a instituição do sacerdócio ministerial. Jesus escolheu seus apóstolos para que, em seu nome, continuassem a celebrar este mistério de amor e salvação.

Assim, a cada celebração da Missa, o próprio Cristo oferece-se ao Pai, atualiza o sacrifício do Calvário e imola-se como Vítima por nós.
A cada Eucaristia, Jesus convida a nos unirmos a este sacrifício, oferecendo nossas vidas, alegrias e sofrimentos neste holocausto de amor.
“E disse-lhes Jesus: “Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça;
Porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus”.
E, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: “Tomai-o, e reparti-o entre vós;
Porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus”.
E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: “Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim”.
Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: “Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós”.
Lucas 22,15-20
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus presente na Eucaristia
Nesta Quinta-feira Santa, a conexão com a devoção ao Sagrado Coração de Jesus emerge naturalmente.
O Coração de Jesus transpassado pela lança, do qual brotou sangue e água, é o sinal supremo de Sua infinita misericórdia.
Sendo assim, a devoção ao Sagrado Coração nos revela a profundidade do amor de Deus por nós. Um amor que se entrega, se sacrifica, que se faz alimento e presença viva em meio a nós.
Desse modo, a Quinta-feira Santa nos coloca diante do mistério central de nossa fé. Refletimos sobre o amor infinito de Deus que se faz homem, se entrega na cruz e permanece conosco na Eucaristia.
Este momento único nos faz viver em comunhão com Jesus e partilharmos desse amor com todos os que nos cercam.
Que possamos, então, neste dia, renovar nosso compromisso com Cristo, servindo a Ele e ao próximo.
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