Se Nosso Senhor Jesus Cristo voltasse à Terra hoje, poderia ser novamente crucificado. Podemos resumir o motivo disso em uma única frase: devido à espantosa ingratidão dos homens.
Ingratidão que devido aos nossos pecados e à dureza de nossos corações, nos impede de corresponder ao amor do Divino Redentor, que entregou Sua vida por nós.
Isso nos impede de demonstrar gratidão, amando acima de tudo Aquele que tanto amou os homens, apesar de ter recebido tão pouco amor deles.
Devido a essa falta de correspondência da humanidade para com seu Criador, encontramo-nos atualmente imersos em uma corrupção moral generalizada e sem precedentes.
No entanto, apesar de todas as ofensas contra Aquele que morreu por nós, a inesgotável misericórdia de Deus jamais abandona os homens, mesmo quando envia justos e necessários castigos.
Ele nunca deixa de derramar abundantes graças, estimulando os homens ao arrependimento. Mas é necessário reparar o pecado cometido, retornar à observância dos Mandamentos e, por meio da conversão, alcançar o perdão e as graças tão necessárias para uma vida virtuosa e a salvação eterna.
A infinita misericórdia do coração de Jesus
Nesse sentido, uma das maiores graças, sem dúvida, é a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Desse adorável Coração, transpassado pela lança no alto do Calvário, jorrou sangue e água para nossa salvação (cf. Jo 19,34).
Até os dias atuais, apesar de nossas ingratidões, tibiezas e desprezos, as graças fluem abundantemente para todos aqueles que sinceramente as desejam. Basta pedi-las com confiança.
“Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rom 5,20).
Ainda hoje, ecoam as sublimes palavras proferidas há 328 anos. Palavras que ressoam divinamente, como se viessem da eternidade, apesar de terem sido pronunciadas no recolhimento de um humilde convento.
Foram dirigidas a uma privilegiada freira do convento da Visitação de Santa Maria em Paray-le-Monial, na Borgonha, França. Trata-se de Santa Margarida Maria Alacoque (1647 – 1690).
Ela estava em oração diante do Santíssimo Sacramento em 16 de junho de 1675 quando Nosso Senhor lhe apareceu. Após um breve diálogo, Ele apontou para Seu próprio Coração e disse:
“Eis aqui o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até se esgotar e consumir, para testemunhar-lhes Seu amor; e, em reconhecimento, não recebe da maior parte deles senão ingratidões, devido a suas irreverências, sacrilégios e à indiferença e desprezo que têm por Mim no Sacramento do amor. Mas o que Me é ainda mais penoso é que corações consagrados agem assim.
“Por isso, Eu te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa especial para honrar Meu Coração. Comunguem nesse dia e façam um ato de reparação, em satisfação das ofensas que sofri enquanto estive exposto nos altares. Eu também prometo que Meu Coração se expandirá para derramar abundantemente as influências de Seu divino amor sobre aqueles que O venerem e buscarem que seja honrado”.
“O Sagrado Coração será a salvação do mundo.”
No entanto, apesar do peso dessa revelação, bem como das outras promessas de Paray-le-Monial, hoje ela foi esquecida.
Não podemos permanecer ingratos e indiferentes diante dessa suprema manifestação de bondade e amor. Temos uma premente necessidade de desagravar o Sagrado Coração de Jesus, atender ao Seu pedido e difundir Sua devoção.
Nossa reparação atrairá a misericórdia de Deus e as abundantes graças necessárias para a salvação da humanidade, que está tão afastada dos preceitos divinos.
“A Igreja e a sociedade não têm outra esperança senão no Sagrado Coração de Jesus; é Ele que curará todos os nossos males. Preguem e promovam a devoção ao Sagrado Coração em todos os lugares; ela será a salvação do mundo”.
Essa impressionante afirmação é do Papa Pio IX (1846-1878) — recentemente beatificado — ao Padre Julio Chevalier, fundador dos Missionários do Coração de Jesus, mostrando que depositava toda sua esperança nessa devoção.
Poderosa proteção vinda do Céu
Dito isto, apresentamos a devoção ao Detente, o Escudo do Sagrado Coração de Jesus.
Essa piedosa prática, outrora muito difundida entre os católicos, é um modo simples, porém esplêndido, de demonstrar permanentemente nossa gratidão e amor ao Sagrado Coração, vítima de nossos pecados.
Ao mesmo tempo, dela podemos receber inúmeros benefícios e uma proteção extraordinária contra todos os perigos. O poderoso Escudo foi colocado à nossa disposição pela Divina Providência, a fim de nos proteger contra os mais diversos perigos que enfrentamos em nosso dia-a-dia.
Para isso, basta levá-lo consigo, não havendo necessidade de ser bento, pois o bem-aventurado Papa Pio IX estendeu sua bênção a todos os Escudos — como veremos adiante.
Detente, ou Escudo do Sagrado Coração de Jesus — também conhecido como bentinho, salvaguarda, ou mesmo como pequeno escapulário do Sagrado Coração — é um emblema com a imagem do Sagrado Coração e a divisa:
Alto! O Coração de Jesus está comigo.
Venha a nós o Vosso Reino!
É comum levarmos no bolso, ou em nossas carteiras, pastas etc., fotografias de pessoas a quem muito queremos (pais ou filhos, por exemplo).
Assim, ter consigo o Detente é um meio de expressar nosso amor ao Sagrado Coração de Jesus; sinal de nossa confiança em sua proteção contra as armadilhas do demônio e perigos de toda ordem.
Levando conosco esse Escudo, estaremos continuamente como que afirmando: “Alto! Detenha-te, demônio; detenha-se toda maldade; todo perigo; todo desastre; detenham-se todos os assaltos; todas as balas de bandidos; todas as tentações; detenha-se todo inimigo; toda enfermidade; detenham-se nossas paixões desordenadas — pois o Sagrado Coração de Jesus está comigo”!
Portar esse Escudo auxilia-nos, além dessas e de tantas outras proteções, a recordar continuamente as promessas do Sagrado Coração de Jesus.
É símbolo de nossa total confiança na proteção divina, um sinal de nossa permanente súplica e fidelidade a Nosso Senhor e um pedido de que Ele faça nossos corações semelhantes ao d’Ele.
Uma resposta
O processo educacional é um componente de valor inestimável na vida de uma pessoa, sendo responsável por prepará-la para as demandas do futuro e estimular as suas faculdades intelectuais, de modo que ela possa aproveitar ao máximo o próprio potencial criativo, cognitivo e crítico. Em geral, há muitos exemplos de competências e habilidades na educação que contribuem para a formação dos indivíduos dentro e fora da sala de aula, como comunicação, pensamento crítico e autoconhecimento
Desejo o mais rápido possível 🙆 voltar às minhas atividades em sala de aula