Nossa Senhora Rainha dos Corações
O grande missionário contra-revolucionário, mariólogo e fundador de congregação religiosa, São Luís Maria Grignion de Montfort (1673-1716), em sua inspirada obra “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, afirma:
“Maria é Rainha do Céu e da Terra, pela graça, como Jesus é o Rei por natureza e conquista”.
“Ora, como o reino de Jesus Cristo compreende principalmente o coração ou o interior do homem, conforme a palavra “o reino de Deus está no meio de vós” (Lc. 17,21);
“É por Maria que procuro e que vou encontrar Jesus, que eu esmagarei a cabeça da serpente e vencerei todos os meus inimigos e a mim mesmo, para a maior glória de Deus”.
Assim, o reino da Santíssima Virgem está principalmente no interior do homem, isto é, em sua alma, e é principalmente nas almas que Ela é mais glorificada, com seu Filho, do que em todas as criaturas visíveis, e podemos chamá-la com os santos a Rainha dos corações“.
Por isso, a palavra “coração”, nesse caso, significa a alma e, mais propriamente, a mentalidade do homem, isto é, a maneira de ser, pensar e agir que o caracterizam.
Como a opinião pública de um país é expressão da mentalidade dos seus habitantes, portanto Nossa Senhora Rainha dos Corações pode ser entendida também como Soberana da opinião pública.
Uma das mais belas invocações a Nossa Senhora
As Congregações Marianas tiveram um florescimento enorme no Brasil, devido precisamente ao culto a Nossa Senhora.
Em consequência, toda a vida católica no Brasil foi florescentíssima no tempo em que não havia esse maldito combate à devoção a Nossa Senhora.
“Onde há devoção a Maria, tudo floresce; extinta essa devoção, tudo míngua; restaurada novamente, tudo volta a florescer.
Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!
“A razão disso é profunda e teológica. São Luís Grignion mostra que, se Nossa Senhora tem uma grande influência na geração dos membros do Corpo Místico, Ela implicitamente tem um grande poder sobre as almas, porque Ela não poderia obter a geração do Corpo Místico, se não tivesse esse poder.
“A devoção a Maria Santíssima age sobre as almas, e o faz de forma imensamente poderosa; por isso, as conversões mais profundas, as mudanças de espírito mais surpreendentes, as graças espirituais mais assinaladas são produzidas por essa devoção.
“Em conseqüência, Nossa Senhora deve ser chamada a Rainha dos Corações. É uma das mais belas invocações a Ela dirigidas”.
O reinado do Sagrado Coração de Jesus por meio de Maria.
A encíclica Ad Caeli Reginam (Rainha do Céu), do Papa Pio XII, de 11 de outubro de 1954 trata sobre a Realeza de Maria e a instituição Festa de Nossa Senhora Rainha, celebrada hoje, 22 de agosto.
Nas palavras do Papa Pio XII: “Tudo isso nos incute grande esperança de que há de surgir uma nova era, iluminada pela paz cristã e pelo triunfo da religião.”
Na mesma encíclica o Papa Pio XII escreveu: “Maria é Rainha não só por ser a Mãe de Deus, mas também por ter sido associada, pela vontade de Deus, a Jesus Cristo na obra da salvação.
Por isso, assim como Jesus é Rei não só por ser o Filho de Deus, mas também por ser o nosso Redentor, assim pode-se afirmar que Maria é Rainha não só por ser a Mãe de Deus, mas também porque se associou a Cristo na redenção do gênero humano.
“Maria participa da dignidade real – ensina Pio XII – porque desta união com Cristo Rei deriva para ela tão esplendente sublimidade, que supera a excelência de todas as coisas criadas.
Desta mesma união com Cristo nasce aquele poder real, pelo qual ela pode dispor dos tesouros do Reino do Redentor divino”.
Papa Pio XII:“Toda devoção a Maria termina em Jesus, tal como o rio que se lança ao mar”.
O Reino de Maria é vasto como o de seu Filho, porque nada se exclui de seu domínio.
Os Papas não cansaram de louvar Maria como Rainha. Podemos elencar algumas citações dos sumos pontífices sobre Maria Rainha:
Papa Sisto IV: “…Maria uma “rainha sempre vigilante, a interceder junto ao Rei, que ela gerou.” (Bula Cum Praeexcelsa, de 28 de fevereiro de 1476)
Paulo VI: “Maria é “aquela que, sentada ao lado do Rei dos Séculos, resplandece como Rainha e intercede como Mãe.( Marialis cultus)”
João Paulo II: “Maria, serva do Senhor, tem parte neste Reino do Filho”. (Encíclica Redemptoris Mater)
Nesse sentido, São Luis Maria Grignion de Montfort, no seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, previu o reino da Mãe de Deus na Terra.
Assim exclama São Luis Grignion:
Coisas maravilhosas acontecerão neste mundo, onde o Espírito Santo, encontrando sua querida Esposa como que reproduzida nas almas, a elas descerá abundantemente, enchendo-as de seus dons, particularmente do dom da sabedoria, a fim de operar maravilhas de graça.
Assim, nas revelações de Fátima, podemos confirmar as palavras de São Luis Grignion de Montfort “Que venha o Reino de Maria, para que assim venha o Reino de Jesus Cristo”
Certa vez, Irmã Lúcia perguntou a Nosso Senhor, por que não convertia a Rússia independentemente da consagração dessa nação ao Imaculado Coração de Maria, a ser feita pelo Santo Padre. Nosso Senhor lhe respondeu:
“Porque quero que toda a minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o seu culto e pôr, ao lado da devoção ao meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração”.
Fonte: Revista Catolicismo.
Uma resposta
Não é possível amar Jesus sem a presença de Maria !