Esta invocação da ladainha do Sagrado Coração, tirada da carta aos Colossenses,² faz-nos compreender a necessidade de irmos ao Coração de Cristo para entrar na plenitude de Deus.
A ciência, de que aqui se fala, não é ardência que incha,³ fundada no poder humano. É sabedoria divina, mistério escondido durante séculos, na mente de Deus, criador do universo (4).
É uma ciência nova, escondida aos sábios e aos inteligentes do mundo, mas revelada aos mais pequeninos (5), ricos de humildade, de simplicidade, de pureza de coração.
Esta ciência e esta sabedoria consistem em conhecer o mistério do Deus invisível, que chama os homens a serem participantes da sua natureza divina e os admite à comunhão com Ele. .
A ciência humana é como a água das nossas fontes: quem a bebe volta a ter sede. A sabedoria e a ciência de Jesus, ao contrário, abrem os olhos da mente, movem o coração na profundidade do ser e geram o homem para o amor transcendente: livram das trevas do erro, das manchas do pecado, do perigo da morte, e conduzem à plenitude da comunhão daqueles bens divinos, que transcendem a compreensão da mente humana (6).
Com a sabedoria e a ciência de Jesus, nós somos arraigados e fundados na caridade (7). Cria-se o homem novo, interior, que põe Deus no centro da própria vida e a si mesmo ao serviço dos irmãos.
1. “Angelus”, 2-7-89. / 2. (2, 3) / 3. cf. 1 Cor. 8, 2 / 4. Ef. 3,9 / 5. Mc. 11,25 / 6. Dei verbum, 6 / 7. Ef. 3,17
Meditações de João Paulo II sobre a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus feitas na oração do Angelus.
Fonte: Em louvor do Sagrado Coração de Jesus – Editorial Missões
