O culto ao Sagrado Coração de Jesus – Conheça aqui
O culto especial dos cristãos para com o Sagrado Coração de Jesus é de todas as devoções a mais antiga. Antes que houvesse os santos Sacramentos e outros objetos de devoção, já a bem-aventurada Virgem Maria venerava o dulcíssimo Coração de Jesus, São José o estreitava nos braços; os pastores e os Magos, Simeão e Ana, os apóstolos e discípulos, a ele e por ele atraídos, prestavam-lhe homenagens de amor.
A devoção ao divino Coração, porém, tomou extraordinário incremento, depois que Jesus, chamando todos os homens a aprender dele, que é “manso e humilde de coração”, extraiu do tesouro do seu Coração o dom excelente da sagrada Eucaristia e quis, finalmente, que esse Coração, aberto na Cruz, a todos ficasse patente como asilo.
Esta devoção especial, já os apóstolos a espalharam no universo, os Padres da Igreja com ternura a cultivaram e zelosamente lhe teceram encômios. Enfim, os santos de todos os séculos foram discípulos fervorosos do Coração de Jesus.
Quando chegou, porém, a plenitude dos tempos em que o Salvador determinara prodigalizar todas as riquezas do seu Coração, “apareceu a sua benignidade” e ele próprio revelou ser vontade sua estabelecer o culto especial para com o seu Sagrado Coração, atestando prometendo derramar abundantíssimas graças sobre quantos se consagrassem de modo particular a tal culto.
O objeto desta devoção é o próprio Coração de Jesus. Como há em Jesus Cristo duas naturezas, a divina e a humana, porém uma só pessoa divina, o Coração de Jesus Cristo é o Coração da pessoa divina, o Coração do Verbo encarnado. E, como a pessoa divina tem direito a ser honrada com supremo culto, também ao Sagrado Coração de Jesus devemos prestar o mesmo culto, por ser inseparável e indivisível da pessoa divina. Tal é a verdade católica que refutou todos os erros contrários.
Resume-se em três pontos o fim desta devoção:
1° Correspondermos de todos os modos ao imenso amor de Jesus, simbolizado no seu Coração que tanto fez e sofreu por nós, e nos concedeu o precioso e suavíssimo Sacramento da Eucaristia.
2° Repararmos, quanto nos for possível, pelo fervor da nossa piedade, todas as injúrias que feriram e ainda hoje ferem o sagrado Coração, apresentado por Jesus como sede de todos os seus afetos.
3° Imitarmos o objeto do nosso culto, revestindo-nos dos mesmos afetos e sentimentos que animaram o seu Coração durante a sua vida e Paixão e ainda hoje perduram na sua vida sacramental e bem-aventurada.
Por sua antiguidade, objeto e múltiplo fim, é evidente ser esta devoção a mais excelente, frutuosa, sólida e consoladora. Resumindo-se a devoção em imitar o que veneramos, pois todos os demais fins se encerram e se praticam na verdadeira imitação (…).
Fonte: Sou Todo Teu Maria
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