Entenda a a origem da Consagração do gênero humano ao Sagrado Coração de Jesus.
A consagração de 1899, feita pelo Papa Leão XIII, que submeteu o gênero humano ao Reinado do Sagrado Coração de Jesus, tem uma história interessante.
Havia em Porto (Portugal) uma jovem religiosa, Maria do Divino Coração, nascida em 1863, na ocasião superiora do convento do Bom Pastor.
Escolhera um apostolado difícil e meritório: dedicava-se a reeducar a juventude feminina desencaminhada.
Esta freira, uma grande mística, havia recebido de Nosso Senhor em revelação a ordem de escrever ao Papa Leão XIII, pedindo a consagração do gênero humano ao Coração de Jesus.
Enfim, meio ano depois, enviou uma carta ao Papa, na qual, dizia que Nosso Senhor havia prolongado a vida do Pontífice, curando-o de uma enfermidade séria, para que realizasse ato.
Irmã Maria do Divino Coração relatava que havia visto o Coração de Jesus:
“Como um sol adorável que, de início, aqueceria uma pequena parte do globo, depois iria se estendendo, até atingir o mundo inteiro”.
“ Os povos e as nações serão iluminados com esta luz, e de seu ardor, serão aquecidos”.
A segunda carta chegou ao Vaticano. O Papa ficou tocado.
Assim, pediu para o Prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos, que estudasse se, teologicamente, se o Papa tinha o direito de consagrar ao Sagrado Coração mesmo aqueles que não pertencem à Igreja.
Dessa forma, a justificativa foi encontrada em Santo Tomás de Aquino: o poder real de Cristo inclui o seu poder judiciário.
“Tudo está submetido a Cristo quanto ao poder, se bem que nem tudo ainda lhe seja submetido quanto ao exercício desse poder” (Suma Teológica), escreve o Doutor Angélico.
Dessa forma, Leão XIII ficou satisfeito com a solução teológica do problema e acelerou os preparativos para a consagração.
Em 3 de abril de 1899 saiu a lume a Encíclica Annun Sacrum, anunciando a consagração.
Ademais, esta encíclica dava a justificação doutrinária do ato do Pontífice.
Além disso, o Papa ordeneu preces no mundo inteiro para os dias 9, 10 e 11 de junho.
Assim, no dia 11, a consagração foi feita pelo próprio Papa, segundo fórmula composta por ele;
Num gesto paternal e elegante, Leão XII enviou, de sua parte, à Madre Maria do Divino Coração, dois exemplares dos documentos; resposta do seu êxito esplendoroso.
Por fim, Madre Maria do Divino Coração faleceu no mesmo ano: três dias antes da consagração, no dia 8 de junho, partia desta terra para o Céu;
Foi beatificada por Paulo VI em 1º de novembro de 1975.
Fonte: O estandarte da vitória, Péricles Capanema
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