Santa Margarida Maria Alacoque: Os festins, as flores e os cantos do mundo. Entenda.
Nosso Senhor, diante dos inúmeros sofrimentos que Santa Margarida passou, a alivia da cruz de tantos anos.
Sua vida estava bem, em paz, próspera… Mas aí, Ela começou a declinar da sublime altura da perfeição a que havia atingido.
A dor é o aguilhão de ouro que nos impele para a pátria celeste. Quando os sofrimentos deixam de estimular o coração, nós, esquecidos do céu, nos detemos nas coisas caducas da terra, a lhe mendigamos consolações.
Assim sucedeu com Santa Margarida. Apreciava as reuniões mundanas, diminuía as orações, confissões e comunhões, e esmerava-se por melhor comparecer aos olhos do mundo.
Vale salientar que estamos ferindo a nota mais dolorosa da vida desta grandiosa Santa.
Por isso, é importante dizer que Ela conservou o seu coração sempre puro e imaculado e nenhuma culpa grave chegou a escurecer o candor da sua alma.
A santa virgem levou, imaculada até ao túmulo, a estola da inocência e não conheceu sequer a sombra da corrupção. O Esposo divino velava zelosamente sobre ela e fazia-lhe conhecer quão duro era o resistir às ternuras do seu amor.
Numa noite de carnaval Ela vestiu-se luxuosamente para tomar parte num festim, ao qual muitas das suas amigas a haviam convidado.
De volta, quando estava para se deitar, apareceu-lhe Jesus no mistério doloroso da sua flagelação, todo desfigurado pelos açoites, com o corpo ensanguentado, o semblante pálido, os lábios secos e os divinos olhos cheios de lágrimas, e com um olhar severo disse:
“Filha cruel, vê a que estado me reduziram as tuas vaidades! Tu estás perdendo um tempo infinitamente precioso de que deverás prestar rigorosas contas; atraiçoas-me e me persegues, depois de eu te haver dado tantas provas do meu amor”.
Estas queixas e a vista dos sofrimentos do seu Senhor, feriram profundamente a sua alma sensível.
Não se podem descrever todas as penitências que fez, em expiação do seu grande pecado, como ela chamava nas suas “memórias” a vaidade de ter tomado parte daquela festa carnavalesca.
Jesus e o mundo disputavam-lhe o coração. Ainda algumas lutas e depois o amor de Deus triunfou e reinou, soberano, na sua alma, tornando-a um Serafim de amor.
Fonte: Santa Margarida Maria Alacoque, Santo Afonso Maria de Ligório.
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