O pecado que ofende o Coração de Jesus
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O Sagrado Coração de Jesus à sua fiel serva Sóror Benigna Consolata, afirma:
“Se soubessem o quanto desagrada a Deus duvidar da sua Bondade! Por maiores que sejam os pecados, enormes mesmos os crimes das Minhas criaturas, Eu estou sempre pronto, não só a perdoá-los, mas a esquecê-los, desde que os pecadores voltem a Mim...
O maior dano que o Demônio faz às almas, depois de lhes ter feito cometer o pecado é a desconfiança. Se uma alma tem confiança, tem ainda o caminho aberto; mas se o Demônio consegue fechar o coração pela desconfiança, oh! Quanto tenho que lutar para reconquistar essas almas!
Escreve, Minha Benigna, escreve para que se saiba. É certo que cem pecados Me ofendem mais do que um; se este um, porém, for de desconfiança, fere-Me o Coração mais do que os outros cem; porque a desconfiança fere Meu Coração no seu íntimo; amo tanto os homens!”
Estas palavras concordam com as revelações de Jesus a Santa Catarina de Sena:
“Os pecadores que no momento da morte desesperam da Minha misericórdia, ofendem-Me muito mais gravemente e Me desgostam mais com isto, do que com todos os outros pecados cometidos… A Minha misericórdia é infinitamente maior, do que todos os pecados que possa cometer uma criatura”.
Por isso, o Padre Daniel Considine, jesuíta, conclui:
“Dizemo-lO misericordioso, bom, amante, porém no fundo do coração temos a tendência a considerá-lO um ser difícil. Nas boas almas, ¾ das perturbações interiores vem disto. Deus sente profundamente esta falsa concepção que temos dEle.
Consideramo-lO como um ser insensível, exigente e, decidido a tirar de nós tudo o que puder, sem nada nos dar em troca… e aí de nós, se não chegamos a contestá-lO. É concepção completamente errônea. Se Deus já alguma vez me testemunhou amor, continuará a fazê-lo.
Não me ama um dia, para me odiar no dia seguinte. Não é como o homem, caprichoso e inconstante. Antes de tudo, Ele reclama o meu amor e, desde que eu O ame, a felicidade e o entusiasmo em Seu serviço penetram-me a vida toda”.
Fontes: Daniel Considine, sj. Palavras de conforto. Taubaté, SP: Publicações SCJ, 1935; Padre Geraldo Vasconcellos, Lições Edificantes – Coleção de Trechos Escolhidos de Revistas, Livros e Jornais. Niterói, RJ: Gráfica Cerbino, 1951.
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