O dicionário Aurélio,no verbo “coração”, define:
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“Órgão muscular situado na cavidade torácica que, nos vertebrados superiores, é constituído de duas aurículas e dois ventrículos, e que recebe o sangue e o bombeia por meio dos movimentos ritmados de diástole e de sístole”.
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Mas, além de designar um órgão vital do corpo humano, “coração” também significa, num sentido analógico, valores de ordem moral.
Assim, metaforicamente se diz: fulano tem um coração de ouro ou sicrano tem um coração de pedra.
No primeiro caso, significando que fulano é bondoso, generoso, “coração aberto” e etc.; no segundo, que sicrano é insensível, mesquinho, “coração fechado” e etc.
E assim por diante, é possível fazer inúmeros ligamentos simbólicos a propósito do símbolo do Amor Divino.
Na Sagrada Escritura, encontramos quase mil vezes essa palavra, apenas um exemplo extraído do Antigo Testamento:
“Eu lhes darei um só coração e os animarei com um espírito novo:
extrairei do seu corpo o coração de pedra, para substituí-lo por um coração de carne”
(Ez 11, 19)
E do Novo Testamento: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão verão Deus!”.(Mt 5, 8)
Coração: símbolo do infinito amor de Deus pelos homens.
Sumamente vinculada ao símbolo que o coração representa, está a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.
Em primeiro lugar, simbolizando o infinito amor de Deus pelo gênero humano:
“O Sagrado Coração de Jesus faz parte de sua adorável pessoa. Entre os elementos integrantes da pessoa de Cristo, nenhum há tão apropriado como o coração para ser objeto de um culto especial.
Porque simboliza a obra do amor infinito levada ao extremo, em nosso obséquio, pelo Verbo feito homem, no mistério da Encarnação e Redenção.
Portanto, o culto tributado ao Sagrado Coração de Jesus é culto tributado a Jesus Cristo na qualidade de amante do homem.”
O documento Haurietis Aquas de Pio XII, considerada o documento sobre o culto ao Coração de Jesus.
Foi escrita com finalidade de explicar todos os detalhes sobre esse culto, publicado no centenário da extensão para toda a Igreja da festa litúrgica do Coração de Jesus.
Esse memorável documento pontifício ensina:
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“O Coração do nosso Salvador reflete de certo modo a imagem da Divina Pessoa do Verbo.
Igualmente, das suas duas naturezas: humana e divina. Somente nEle podemos considerar não só um símbolo, mas também como que um compêndio de todo o mistério da nossa Redenção.
Quando adoramos o Coração de Jesus Cristo, nele e por ele adoramos tanto o amor incriado do Verbo divino como o seu amor humano e os seus demais afetos e virtudes, já que um e outro amor moveu o nosso Redentor a imolar-se por nós e por toda a Igreja, sua Esposa.”
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