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O pecado vestiu o céu de luto, o inferno de chamas e a terra de espinhos. Ele foi o que trouxe a enfermidade e a peste, a fome e a morte sobre o mundo.
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Ele, o que cavou a sepultura das cidades mais ilustres e cheias de gente. Ele presidiu os funerais da Babilônia, dos ostentosos jardins; de Nínive, a excelsa; de Persópolis, a filha do sol;
De Mênfis, a dos profundos mistérios; de Sodoma, a impúdica; de Atenas, a cômica; de Jerusalém, a ingrata; de Roma, a grande;
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Porque ainda que Deus quisesse todas estas coisas, não as quis senão como castigo e remédio do pecado.
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O pecado arranca todos os gemidos que saem de todos os peitos humanos e todas as lágrimas que caem, gota a gota, de todos os olhos dos homens, e o que é mais todavia e o que nenhum entendimento pode conceber nem nenhum vocábulo expressar:
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Ele tem arrancado lágrimas dos sacratíssimos olhos do Filho de Deus, mansíssimo Cordeiro, subiu à Cruz carregado com os pecados do mundo.
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Nem os céus, nem a terra, nem os homens o viram rir, e os homens, e a terra, e os céus o viram chorar, e chorava porque tinha postos seu olhos no pecado.
Chorou sobre o sepulcro de Lázaro; e na morte de seu amigo, nada chorou senão a morte da alma pecadora.
Chorou sobre Jerusalém, e a causa de seu pranto era o pecado abominável do povo deicida. Sentiu a tristeza e a turbação ao por os pés no horto, e o horror do pecado era o que punha nEle aquela turbação insólita e aquele véu de tristeza.
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Sua face suou sangue, e o espectro do pecado era o que fazia brotar em sua fronte aqueles estranhos suores.
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Foi encravado em um madeiro, e o pecado o encravou, o pecado o pôs em agonia e o pecado lhe deu a morte.
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Fonte: Do livro “LA PALABRA DE CRISTO”, Tomo VIII — Mons. Angel Herrera Oria — Biblioteca de Autores Cristianos, BAC, Madrid, Espanha — 1ª. edição, 1953, p. 540
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