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Continuação do post: Antes que o ano acabe – saiba porque Deus é o nosso Pai, e porque devemos honrá-lo:
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Em segundo lugar, devemos imitar Deus, porque ele é nosso Pai.
Diz o Senhor, em Jeremias: (3, 9) chamar-me-eis Pai, e não deixareis de andar atrás de mim.
A imitação para ser perfeita requer três coisas.
A primeira é o amor. Diz São Paulo (Ef 5, 1-2): Sede imitadores de Deus, como filhos bem amados, e caminhai no amor. Este amor deve ser encontrado em nosso coração.
A segunda é a misericórdia.
O amor deve ser acompanhado da misericórdia, segundo a recomendação de Jesus (Lc 6, 36): sede misericordiosos. E essa misericórdia deve mostrar-se nas obras.
A terceira é a perfeição, porque o amor e a misericórdia devem ser perfeitos.
Foi, com efeito, depois de falar da disposição e das obras servis, que o Senhor diz, no Sermão da Montanha, (Mt 5, 48) Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito.
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Em terceiro lugar, devemos obediência a nosso Pai.
Se nossos pais segundo a carne nos castigam e nós os respeitamos, por mais forte razão devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, diz São Paulo (Heb 12,9).
A obediência é devida ao Pai celeste por causa de seu domínio soberano, sendo Ele o Senhor por excelência.
Já os Hebreus, ao pé do monte Sinai, declararam a Moisés (Ex 24, 7): Tudo o que disse o Senhor nós o faremos e obedeceremos.
Nossa obediência está também fundada no exemplo de Cristo que, sendo o verdadeiro Filho de Deus, se fez obediente até à morte (Fp 2, 8).
Por fim obedecemos por interesse próprio. David dizia de Deus: Tocarei diante do Senhor que me escolheu (2 Rs 6,12).
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Em quarto lugar e sempre;
Porque Deus é nosso Pai, devemos ser pacientes, quando ele nos castiga.
Meu filho, dizem os Provérbios (3, 11-12), não rejeites a correção do Senhor; nem desanimes, quando Ele te corrige.
O Senhor castiga àquele que ama e se compraz nele como um Pai com seu filho.
O Senhor nos prescreveu dirigirmo-nos a seu Pai, na Oração Dominical, não somente como “Pai”, mas também como “Pai nosso”.
Fazendo isto, mostrou quais são nossos deveres para com nossos próximos.
A nossos próximos, devemos primeiramente o amor, porque são nossos irmãos; todos somos filhos de Deus.
Quem não ama seu irmão a quem vê, diz São João (I, 4,20), como pode amar a Deus a quem não vê?
Em segundo lugar, devemos respeito a nossos semelhantes.
Temos um único Pai, diz Malaquias (2, 10). Não foi um só Deus que nos criou? Por que haverás de desprezar teu irmão?
E São Paulo escreve aos Romanos (12-10): Cuidai de respeitar-vos uns aos outros.
A realização desde duplo dever nos proporciona os mais desejáveis frutos, pois o Cristo, nos escreve São Paulo (Heb 5,9) é, para todos os que lhe obedecem, princípio de salvação eterna.
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Fonte: Do Livro “O Pai nosso e a Ave Maria: sermões de São Tomás de Aquino”.
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