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Quando assumiu a nossa condição e experimentou a morte, manifestou-se na pobreza; contudo, não perdeu suas riquezas, mas prometeu-as para o futuro.
Como é grande a riqueza de sua bondade, reservada para os que o temem, e concedida aos que nele esperam!
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Agora nosso conhecimento é imperfeito, até chegar o que é perfeito.
Para sermos capazes de alcançá-lo é que Cristo, igual ao Pai na condição divina, fez-se igual a nós na condição de servo e nos recriou à semelhança divina.
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O Filho único de Deus, tornando-se filho do homem torna filhos de Deus a muitos filhos dos homens; e promovendo a nossa condição de servos com a sua forma visível de servo, tornou-nos livre e capazes de contemplar a sua forma divina.
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Somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é (IJo 3,2).
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Ora, quais são esses tesouros da sabedoria e de ciência, para que servem essas riquezas divinas senão para manifestar a nossa pobreza?
Para que essa imensa bondade senão para nos saciar? Mostra-nos o Pai e isso nos basta (Jo 14,8).
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Mas até que isso aconteça, até mostrar o que nos basta, até bebermos e ficarmos saciados na fonte da vida que é ele mesmo, enquanto caminhamos na fé e peregrinamos longe dele, enquanto temos fome e sede de justiça e desejamos, com indizível ardor, contemplar a beleza de Cristo na sua condição divina, celebremos com amorosa devoção o nascimento de Deus na condição de servo.
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Se ainda não podemos contemplar aquele que foi gerado pelo Pai antes da aurora, celebremos o seu nascimento da Virgem no meio da noite.
Se ainda não podemos compreender aquele cujo nome subsistirá enquanto o sol brilhar (cf. Sl 18,6), reconheçamos que armou sua tenda ao sol (cf. Sl 18,6).
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Se ainda não vemos o Unigênito que permanece no Pai, recordemos o Esposo saindo do quarto nupcial (cf. Sl 18,6).
Se ainda não estamos preparados para o banquete do nosso Pai, conheçamos o presépio de nosso Senhor Jesus Cristo.
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Fonte:Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo (século V)
Fonte:Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo (século V)
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