.
A SANTA MISSA E O PURGATÓRIO
Incontestavelmente, não há maior nem mais poderoso e eficaz sufrágio que possamos oferecer a Deus pelos defuntos que a Santa Missa.
A Igreja não definiu muita coisa sobre o purgatório, mas o essencial das suas definições está nestes dois princípios, duas verdades de fé que somos obrigados a crer se quisermos pertencer ao grêmio da Igreja de Nosso Senhor, porque, do contrário, o anátema pesará sobre os descrentes:
O Concílio de Trento define a existência do purgatório, como já vimos, e uma segunda definição:
Se alguém disser que o Santo Sacrifício da Missa não deve ser oferecido pelos vivos e os mortos, pelos pecados, penas e satisfações, seja anátema (Trident – Sess. VI – Can. 30).
Eis aí o sufrágio por excelência, o verdadeiro sufrágio que podemos oferecer a Deus pelos nossos mortos, na certeza de que é sempre eficaz e poderoso.
No Sacrifício do Altar se oferece a grande Vítima e o Sacrificador é o próprio Cristo Senhor Nosso.
É o mesmo sacrifício do Calvário. Tem o mesmo mérito da Cruz.
Donde se conclui que as almas do purgatório recebem da Santa Missa o mesmo tesouro do Sangue Preciosíssimo de Nosso Senhor derramado na cruz pela nossa salvação.
Pode haver maior sufrágio que a Santa Missa?
Distinguem-se quatro frutos principais do Santo Sacrifício:
Um fruto geral, aplicados a todos os fiéis vivos e defuntos não separados da Comunhão da Igreja;
Um fruto especial, aplicado aos que assistem atualmente a Santa Missa;
Um fruto especialíssimo aos que mandam celebrar a Santa Missa;
E um fruto ministerial, que pertence ao celebrante e é inalienável.
Ora, quem não pode aproveitar pois este grande tesouro da Igreja, oferecida cada manhã em nossos altares?
Não há obra mais agradável a Deus nem mais meritória e própria para alimentar a verdadeira piedade, que a assistência à Santa Missa.
“Não há maior socorro às almas do purgatório”, disse, D. Gueranger, o ilustrado e piedoso beneditino do L’Anné Liturgique.
Quando o padre celebra, diz a Imitação de Cristo, “honra a Deus, alegra os Anjos, edifica a Igreja, ajuda os vivos, procura o descanço para os mortos e se torna participante de todo os bens “(Imitação – Liv. IV. Cap. V).
A Santa Missa é a riqueza do purgatório, a esperança das santas almas sofredoras.
Não podemos oferecer nada melhor e nada mais eficaz para aliviá-las que o Santo Sacrifício.
A Missa é o sol da Igreja, diz São Francisco de Sales. É o sol que dissipa as trevas do purgatório.
Podemos talvez duvidar às vezes da eficácia do poder de nossas orações feitas com tantas distrações e em condições tão precárias;
Mas do poder e da eficácia do Santo Sacrifício, no qual se oferece Sangue de Jesus Cristo pelas almas que dúvida nos pode ficar do valor desta Obra?
Não podemos fazer nada maior nem melhor do que oferecer o Santo Sacrifício pelas almas.
.
.
* * *
.
Aproveite e coloque seus entes queridos na Missa.
.
.
.