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Jairo, o presidente de uma das sinagogas de Cafarnaum, está angustiadíssimo.
Sua filhinha de doze anos acha-se gravemente enferma, e sua cura é desesperada.
Como única e extrema solução recorre a Jesus. Sabe que acaba de regressar de Gérasa, e sai ao seu encontro.
— Senhor — diz-lhe com voz angustiosa — minha filha está morrendo. Vem, impõe a tua mão sobre ela para que sare e viva.
O Mestre, sempre misericordioso e amicíssimo das crianças, acede, e ¡mediatamente se põe a caminho;
Mas a multidão o rodeia e aperta de tal forma, nas ruas estreitas da cidade, que o detém mais tempo do que Jairo o quisera e a enfermidade da menina o permitia.
Por isso, antes de chegarem a casa, encontram-se com alguns criados, que dão a seu amo a fatal noticia da morte da pequena.
Pobre pai! Cheio de esperanças recorrera ao Redentor; no caminho vira crescer seu otimismo com a cura milagrosa da hemorroíssa; mas todas as suas ilusões se desmoronaram.
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É tarde. Morrera.
Tem razão seus criados: para que incomodar e cansar mais o Mestre? Jesus, porém, consola-o, dizendo: — Não temas, crê e tua filha será salva.
Chegam a casa. Cobre-a o luto.
Ali estão a exercer o seu oficio mercenário as carpideiras e os flautistas funerários — importação pagã introduzida nos costumes judeus; os parentes e amigos rodeiam a família.
Por que chorais e estais alvoroçados?, lhes diz Jesus.
A menina não está morta, mas dorme.
Os que o ouvem falar assim riem-se dele, pois viram o cadáver e tem a certeza de que está morta.
Não sabem que para o Senhor da vida aquela morte é um breve sono, cujo despertar está próximo.
Estes, apresentando-se ao Salvador, transmitem o pedido do centurião.
E, para mais inclinarem o animo do benfeitor, elogiam o centurião e enumeram os benefícios recebidos.
Jesus, todo atenção e bondade, acolheu amavelmente os representantes do militar, dizendo: — Eu irei e o curarei.
E pôs-se ¡mediatamente a caminho.
Avisado de que o Salvador se dirigia a sua casa, assustado com a grandeza do favor, enviou-lhe o centurião alguns amigos que lhe dissessem:
— Senhor, não te incomodes. Não sou digno de que entres em minha casa; dize, pois, urna só palavra e meu servo ficará curado.
E explicou mais claramente o seu pensamento, dizendo que era um simples oficial subalterno e que, apesar disso, apenas dava urna ordem a seus inferiores, estes lhe obedeciam.
Não poderia Jesus, sem o incômodo de ir a sua casa, ordenar que a enfermidade cessasse?
Jesus mostrou-se admirado ao ouvir tais palavras e disse aos que o seguiam:
“Em verdade, em verdade vos digo que nem em Israel encontrei tamanha fé.”
Em seguida operou o milagre à distância e naquele momento o paralítico que estava em perigo de morte sarou instantaneamente.
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Fonte: Do livro “Tesouro de Exemplos” do Padre Francisco Alves.
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