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Continuação do post: A língua tem poder! Veja como a sua língua é poderosa e como usá-la para o bem: (Parte I)
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Palavras de compreensão, de perdão, de afeto, de estímulo;
Palavras que acordam, elevam, iluminam, desvendam erros, apagam dúvidas, apontam rumos; palavras de amor, compaixão e confiança, palavras-dom…
Se quiséssemos, a nossa vida inteira, cada um dos nossos dias, poderia ser uma contínua chuva de palavras fecundas, capazes de suscitar vida, sem provocar tristezas, nem ira, nem ódio.
Não há uma única situação, agradável ou constrangedora, não há uma só pessoa neste mundo que não possa fazer surgir, “do bom tesouro” do coração que verdadeiramente ama, uma palavra construtiva.
Já imaginamos o que seria a nossa vida se em cada instante fôssemos capazes de proferir a palavra acertada, toda ela impregnada de sinceridade e amor, sem sombra de malignidade, irritação, rancor, orgulho, rudeza ou desprezo?
Não há dúvida de que, além de nos tornarmos a alegria de Deus, seríamos a felicidade dos homens.
Já pensamos no que seria a “utopia” de um mundo em que as palavras faladas, emitidas ou impressas, fossem apenas veículo da verdade e da caridade?
Se a nossa fantasia tivesse um mínimo de asas, perceberíamos que esse mundo admiravelmente novo seria o próprio céu;
Pois não há um só mal no mundo que, de alguma maneira, não esteja fundido com a maldade das palavras.
Mas esse “admirável mundo novo” não existe, e toca a cada um de nós examinar a parte com que contribuímos para a sinfonia amorosa ou para a dança macabra das palavras.
Vamos mergulhar, por isso, no poço sombrio da má língua, procurando extrair – como Cristo sempre nos ajuda a fazer – luzes de vida das sombras da morte.
Mas, antes, deixemos mais uma vez a palavra – vigorosíssima e realíssima palavra – ao Apóstolo São Tiago:
– Se alguém não cair por palavra, esse é um homem perfeito, capaz de refrear todo o seu corpo.
Quando pomos o freio na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, governamos também todo o seu corpo.
Vede também os navios:
Por grandes que sejam e embora agitados por ventos impetuosos, são governados com um pequeno leme à vontade do piloto.
Assim também a língua é um pequeno membro, mas pode gloriar-se de grandes coisas.
Considerai como uma pequena chama pode incendiar uma grande floresta! Também a língua é um fogo… (Tg 3, 2-6).
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Fonte: Do livro “A Língua” do Rev. Pe. Francisco Faus.
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