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Doutor da Igreja e Patrono dos estudos católicos em todos os graus. Sua festividade é celebrada pela Santa Igreja no dia 28 de janeiro.
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De Santo Tomás de Aquino, o maior luminar da Igreja Católica, nós já apresentamos uma biografia nesta coluna (Revista Catolicismo, janeiro/2002).
Como sua perene doutrina — o ápice da escolástica — foi em grande parte abandonada pelos teólogos católicos atuais, ressaltaremos aqui sua importância universal na História da Teologia e Filosofia católicas.
A transcendência da doutrina tomista foi ressaltada por Leão XIII na Encíclica Aeterni Patris (1879), e São Pio X em documento de 20 de setembro de 1892.
Breve síntese biográfica do Santo..
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Santo Tomás de Aquino nasceu no castelo de Roccasecca, próximo de Nápoles, em 1225, filho de Landolfo, senhor de Roccasecca, e de Teodora, filha dos condes de Chieti.
Aos cinco anos de idade seus pais o enviaram como oblato ao Mosteiro de Monte Cassino;
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Onde, além da formação moral e religiosa, aprendeu as primeiras letras, a gramática latina e italiana, música, poesia e salmodia.
Na adolescência estudou Filosofia e Artes na Universidade de Nápoles. Seu afã nos estudos objetivava maior conhecimento de Deus para melhor servi-Lo.
Em 1244 ingressou na Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, fundada havia pouco por São Domingos de Gusmão;
A qual harmonizava as observâncias monásticas com o estudo, satisfazendo plenamente os anseios do santo.
Em 1247 Tomás foi enviado para o Estudo Geral da Ordem, em Colônia (Alemanha), onde teve como mestre a Santo Alberto Magno — o Doutor Universal — também Doutor da Igreja.
Em 1252 foi transferido para Paris, como Mestre do Estudo Geral da Ordem, cargo que exerceu por quatro anos.
“Desde o primeiro instante superou todos [os professores], inclusive os mestres mais célebres e encanecidos na cátedra, por seu novo método de ensinar;
Claro, conciso, profundo, preciso, e por sua extraordinária originalidade, qualidades que lhe granjearam uma grande simpatia e uma admiração sem limites por parte dos estudantes”.
As aulas de Frei Tomás eram tão concorridas, que a sala de aula mal podia conter todos aqueles que a procuravam.
Tal era a fama de sua sabedoria, que o rei São Luís IX da França “o consultava sempre sobre os negócios mais graves de governo;
E, quando devia celebrar conselho, tinha o costume de informar, na véspera, a Frei Tomás, rogando-lhe que desse seu parecer na primeira hora do dia seguinte. O santo cumpria fiel e escrupulosamente esses encargos”.
Pois “o Santo de Aquino não é um expectador frio dos acontecimentos de sua época; pelo contrário, vive suas lutas, é beligerante no mais nobre sentido da palavra, em uma época na qual florescem os espíritos combativos.
É um convencido de sua vocação apostólica, a qual vive com entusiasmo juvenil e o fogo que lhe comunicou a alma ardente e dulcíssima do patriarca São Domingos”.
Não cabe nesta breve síntese narrar todas as lutas de Santo Tomás contra os hereges e heretizantes da época, nem a sublime santidade que atingiu.
Basta dizer que ele faleceu santamente no dia 7 de março de 1274, com apenas 49 anos de idade, sendo canonizado no dia 18 de julho de 1323.
Entretanto, vale a pena ressaltar sua extremada devoção ao Santíssimo Sacramento.
O Ofício que ele elaborou para a festa de Corpus Christi, o sermão que pregou diante do Consistório, e o celeste hino Pange Lingua Gloriosi, que compôs para aquela festa, são:
“Os mais ternos, devotos e profundamente teológicos que se conhece na sagrada liturgia”.
Sua devoção a Nossa Senhora, como não podia deixar de ser, era terníssima, como terna era a que devotava aos anjos e aos santos.
A magna obra de Santo Tomás de Aquino.
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Como surgiu a grande obra filosófica e teológica de Santo Tomás?
Como discípulo de Santo Alberto Magno, os dois santos se deram conta da dificuldade que havia naquela época em canalizar os estudos filosóficos, corrigindo e depurando Aristóteles, para que sua filosofia pudesse servir eficazmente à Teologia.
Para eles, “a Filosofia deveria ser cultivada sobre bases mais amplas, não se contentando somente com Aristóteles;
Nem com Platão, mas procurando harmonizar entre si, numa síntese nova e superior, o verdadeiro existente em ambos”.
Do mesmo modo, “a própria Teologia deveria também ampliar suas bases, servindo-se da Filosofia já depurada e mais bem cultivada, além do argumento tradicional de autoridade”.
Essa obra magna foi encomendada pelo Papa a Santo Tomás, que a levou a cabo com toda a força de seu talento e de sua piedade, sobretudo com a monumental Suma Teológica.
Tal era seu domínio sobre a matéria, que ele realizou esse imenso trabalho ditando ao mesmo tempo a três ou quatro amanuenses.
Título de Expositor por excelência.
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Com a sua assombrosa capacidade de trabalho, Frei Tomás pôs mãos à obra.
E, “em vez de trabalhar sobre Aristóteles, transmitido em traduções infiéis e glosado por árabes e judeus, como fez seu mestre [Santo Alberto Magno];
Procurou isolá-lo de todas suas aderências, e purificá-lo de todas as incorreções, graças a uma tradução direta e fiel de seu amigo Guilherme de Moerbeke, feita a partir dos melhores manuscritos gregos.
E, sobre tal base, empreendeu um comentário literal de suas obras principais, verdadeiro modelo em seu gênero por sua sagacidade e exatidão, que lhe mereceu o título de Expositor por excelência”.
“Ascensão do pensamento humano”.
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Pelo que “a Filosofia de Santo Tomás é o ponto culminante de uma lenta e laboriosa ascensão do pensamento humano”, “a síntese filosófica mais perfeita que o engenho humano criou”, e “a síntese de uma filosofia perene”.
Por isso, “com Santo Tomás começa verdadeiramente uma nova época da Filosofia e da Teologia; a mudança sofrida por elas foi, em realidade, profunda e gigantesca.
A colaboração da fé e da razão na obra mancomunada da ciência teológica ficava assegurada para sempre, por estar fundada sobre bases inamovíveis”.
“Homem mais sábio até o fim do mundo”
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Santo Alberto Magno, que foi seu mestre e o conhecia muito bem, dizia de seu discípulo;
“Que era a flor e a honra do mundo, o homem mais sábio do seu tempo até o fim do mundo, sem temor de ser superado por ninguém, cujos escritos brilham sobre todos os demais por sua pureza e sua veracidade”.
E o futuro Papa Clemente VI, fazendo o panegírico do santo na primeira vez que se celebrava sua festa na Universidade de Paris (7 de março de 1324),
“Compara sua sabedoria à de Salomão;
Porque, assim como o Rei sábio superou nela todos os hebreus, egípcios e orientais, assim Santo Tomás excedeu em saber a todos os filósofos e teólogos, havidos e por haver, na Universidade parisiense.
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E acrescenta que sua doutrina é verdadeira, sem contágio algum de falsidade, clara sem sombra alguma nem enfado de obscuridade, útil e frutífera sem deixar-se levar de uma curiosidade excessiva nem de vãs sutilezas, é copiosa e abundante por sua variedade e universalidade”.
Por sua vez, o Beato Urbano V o chama:
“Doutor egrégio que, com seus ensinamentos saudáveis e transparentes, iluminou a Igreja universal, pondo de manifesto os enigmas da Escritura, desatando os nós de suas dificuldades, elucidando suas obscuridades e aclarando as dúvidas que surgem em seu estudo”.
“Não há erro que não tenha demolido”.
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Já o Beato Pio IX “celebra seu gênio sobre-humano, que lhe permitiu escrever insuperavelmente sobre as coisas divinas e humanas, merecendo a aprovação do próprio Deus.
Porque, na realidade, deduziu toda a ciência de princípios incontestáveis e invulneráveis;
E a organizou em um corpo de doutrina claramente disposto com tal arte, que não há verdade que não tenha captado, nem erro que não tenha demolido”.
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O célebre convertido inglês, cardeal Manning, analisando a situação em que estava o mundo em seu tempo, isto é, em meados do século XIX, afirma:
“A moderna Filosofia quis fazer do homem um Deus, mas um Deus que tem olhos e não vê, que tem ouvidos e não ouve.
Duvida de tudo, não admite nada, agita-se desesperadamente em um agnosticismo universal. Só se pode curar tamanha doença com a clara Filosofia do Doutor de Aquino”.
Como desde então o mundo não fez senão decair, pois muitos filósofos e teólogos se tornaram praticamente ateus e até subversivos, daí a necessidade premente de se voltar à escolástica e à sua mais alta expressão, o tomismo.
“Reconduzir pelo Rosário a humanidade extraviada”
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Mais tarde Leão XIII, que foi cognominado o Papa de Santo Tomás e do Santo Rosário, “expressa sua convicção profunda e sua vontade decidida de dirigir as inteligências pela doutrina de Santo Tomás, e os corações pelo Rosário;
Quer dizer, de reconduzir a humanidade extraviada aos caminhos da verdade e da verdadeira vida por esses dois meios eficacíssimos de salvação”.
Na encíclica Aeterni Patris, esse Pontífice trata da “necessidade e utilidade de uma Filosofia sã e robusta, que possa servir convenientemente à fé sem menoscabo de sua própria dignidade de ciência humana”.
Ora, “a Filosofia de Santo Tomás possui eminentemente essas qualidades”.
Pois, “dotado de um engenho aberto e penetrante, de uma memória fácil e retentiva, de uma vida sem mancha, sem outro norte que a verdade, e imensamente rico em conhecimentos divinos e humanos;
Foi comparado justamente ao sol que fecunda a terra com o calor de suas virtudes, e a enche e ilumina com o resplendor de sua ciência”.
Pelo que “é necessário voltar à Filosofia de Santo Tomás, segui-la fielmente, e propagá-la por todos os meios”.
E o mesmo Papa assim sintetiza a razão pela qual declarou solenemente Santo Tomás Santo Doutor e Patrono de todos os Estudos católicos em todos os seus graus:
“O Angélico se destaca eminentemente, sobre todos os demais, sendo o modelo que os sábios católicos devem imitar em seus diversos estudos.
Ele possui, certamente, as melhores e mais brilhantes qualidades de coração e de inteligência que arrastam à sua imitação:
Uma doutrina riquíssima de conteúdo, saníssima, perfeitamente organizada, admiravelmente de acordo com as verdades reveladas por Deus e;
Portanto, sinceramente obsequiosa com a fé; acrescente-se a tudo isto uma vida integérrima e sem mancha, ilustrada com as virtudes mais excelsas”.
“Afastar-se de Santo Tomás leva à apostasia”.
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Para não nos alongarmos mais, citemos finalmente o imortal São Pio X, que no Motu Próprio Doctoris Angelici, de 29 de junho de 1914, declara que:
“Os princípios básicos da Filosofia de Santo Tomás não devem ser considerados como meramente opináveis ou discutíveis;
Mas como fundamentos em que se apoiam todos os nossos conhecimentos do humano e do divino”.
Pelo que, “rechaçados ou alterados de qualquer modo esses princípios, os jovens estudantes eclesiásticos acabarão por não entender nem sequer a terminologia empregada pela Igreja na proposição dos dogmas de nossa fé”.
Por isso o santo Pontífice alerta que “abandonar Santo Tomás, sobretudo em questões de Metafísica, é um gravíssimo perigo”.
E acrescenta: “O que digo de sua Filosofia deve entender-se a fortioride sua Teologia, na qual não é só o príncipe, mas o mestre e guia de todos”,(23) “como honra do orbe cristão e luminar da Igreja”, “que vale para todos os tempos e não envelhece nunca”.(24)
Como consequência, “nada é tão útil à Igreja como formar o clero na doutrina do Angélico”, “para arrancar o fermento de tantos erros como circulam por todas partes sobre o divino e o humano, e para que a verdade católica, devidamente conhecida, se incruste indelevelmente nas almas de todos”.
São Pio X conclui com esta terrível advertência: Afastar-se da doutrina de Santo Tomás leva à apostasia.
“Uma triste experiência ensina que, particularmente em nossos dias, os que se separam de Santo Tomás acabam finalmente por apostatar da Igreja de Cristo”.
Que a Santíssima Virgem, Sede da Sabedoria, nos obtenha a graça de assistir a um verdadeiro renascer da doutrina de Santo Tomás — cuja festa é celebrada em 28 de janeiro — para honra e glória da Igreja.
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Fonte: http://www.abim.inf.br/santo-tomas-de-aquino/#.VqipTporLIU
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2 respostas
Inquestionável a presença de Santo Tomas de Aquino na Idade Média, que serve de luz para a modernidade. Teve mente aberta e, de forma clara, expressou seu pensamento em filosofia e teologia. Inaugurou um novo debate sobre os temas mais profundos. Sua obra máxima é a SUMMA THEOLOGIAE: dividida em três grandes partes. A segunda parte tratada realidade humana.
peso oração para meu genro que a sim dento oje ta curado por jesus e maria e minha família minha filha que ta gravida de uma menina laura maria e seu filho Felipe Brenda e Sidney minha filha maria lúcia e eu Zilda Claudio Eliane irie lorena ítalo rosangela Alexandre meu filho mauro e lívia viviam e ugo e márcio Elisângela e Gustavo Julia peso oração esta são minha família neta neto filho nora e filha eu e meu marido