Ouçam esta história que ela é bonitinha.
Era Natal, no tempo do presépio, e um menino, o Jorginho, simples e bom como um doce, pensou consigo mesmo:
– Coitado de Jesus! Com este frio, porquê deixá-lo aí em cima dessa palha, nessa gélida choupana? E se eu o levasse comigo para casa, para minha cama?
Dito e feito: o Jorginho espera o momento em que a Igreja está deserta; e, pegando calmamente aquele Menino e cobrindo-o com sua capa, foge
para casa.
Ali chegando, na pontinha dos pés para não fazer barulho, sem dizer nada a ninguém, sobe a escada e vai pô-lO direitinho na cama.
Naquela noite, Jorge parecia mais alegre do que de costume e mais impaciente; mas ninguém
fazia caso.
É hora de ir para a cama! E ele, ligeirinho como um sagui, despe-se, e enfia-se debaixo das cobertas e lá faz as mais alegres festinhas com Jesus. Por fim, ele adormece, mas ai! No sono, virando e revirando na cama, quebra em mil pedaços aquele Menino de gesso.
De manhã acorda, e, diante de tal desastre, daqueles braços e daquelas pernas destroncadas, daqueles dedinhos mutilados, põe-se a chorar copiosamente, de tão desesperado.
A mãe acode, acaricia-o, e ele conta a desgraça.
Vocês ficam com vontade de rir, chegam até mesmo a rir do que aconteceu com o pobre Jorginho que levou uma descompostura da mãe e ainda por cima uma do velho padre, cujo Menino do Natal ele tinha tornado imprestável; e naquele ano, adeus, presépio.
Mas, entretanto, que lhes ensina Jorginho?
Ensina-lhes que vocês também devem querer bem a Jesus e procurar fazê-lO seu, não indo roubá-lO no presépio, mas sim recebendo-O com frequência na Comunhão. Lá está realmente Jesus, vivo e verdadeiro como no Paraíso.
Aquele do presépio é uma simbólica estatueta, mas Aquele da Comunhão é verdadeiramente, sangue, corpo, alma e divindade! Indo à Comunhão vocês O põe na caminha do coração, juntinho de vocês, todo para vocês.
Coragem, pois, crianças, tornem Jesus seu, o mais frequentemente possível com a Comunhão.
* * *
Fonte: retirado do livro “Venham crianças, venham a Jesus” do Rev. Pe. Luis Chiavarino.
3 respostas
A menina que disse
ter salvo o Jesus
1
Uma menina um dia
Quis salvar o Jesus
A sua mágoa era tanta
Ver aquele homem na cruz
2
Tinha apenas três anos
E muita imaginação
Olhar para o crucifixo
Fazia-lhe perturbação
3
Vivia com aquela mágoa
Mas sem dizer a ninguém
Um dia sem mais nem menos
Resolveu fazer o bem
4
Sozinha e às escondidas
A deixar desconfiança
O que ela andava a fazer
A ninguém vinha à lembrança
5
Metia-se dentro do quarto
Ficando tempo esquecido
Tentando despregar Jesus
Até o ter conseguido
6
Depois de passarem dias
Ela desvendava o mistério
Trazendo a imagem de Jesus
Com aquele sorriso sincero
7
Dizendo salvei o Jesus
Mostrando a imagem na mão
A alegria que ela transmitia
Era de um inocente coração
8
Com aquela simplicidade
Dizia ter salvado o Jesus
Para ela foi uma vitória
O arrancar daquela cruz
9
E assim ficou a cruz
Sem Jesus crucificado
E a menina satisfeita
Por O ter despregado
10
E a imagem de Jesus
Ficou sempre na memória
Mesmo de mãos partidas
Recorda aquela histó
Esta história aconteceu há 27 anos atrás com a minha filha Fátima, quando ela tinha 3 anos de idade.
Arlinda Spínola
Linda história
Gostei muito das histórias