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Posto que no mundo se encontrem muitas coisas formosas, não são todavia perfeitas, e sempre deixam alguma coisa para desejar.
Se, porém, tivermos a ventura de entrar no céu, o nosso coração estará perfeitamente satisfeito nessa ditosa pátria. Ali nada haverá que possa desagradar e haverá tudo aquilo que se possa desejar.
Ah, meu Jesus! Peço-vos o céu, não tanto para Vos gozar, como para Vos amar de todo o coração.
São Bernardo, falando do paraíso, diz:
“Ó homem, se queres saber o que seja a pátria bem aventurada, fica sabendo que ali nada há que desagrade, e que se encontra tudo aquilo que se possa desejar”: Nihil est quod nolis; totum est quod velis.
Se bem que nesta terra haja alguma coisa que agrada aos nossos sentidos, quantas coisas não há que afligem?
Se agrada a luz do dia, aflige a escuridão da noite. Se agradam a amenidade da primavera, a abundância do outono, afligem o frio do inverno e o calor do verão.
Acrescenta a isso os sofrimentos na enfermidade, as perseguições da parte dos homens, as privações da pobreza.
Acrescenta as angústias interiores, os temores, as tentações dos demônios, as dúvidas da consciência, a incerteza da salvação.
Mas quando os bem aventurados entram no céu, não terão mais nada a sofrer: Absterget Deus omnem lacrimam ab oculis eorum. Deus enxugará de seus olhos todas as lágrimas derramadas sobre a terra; e não haverá mais morte, nem luto, nem clamor, nem mais haverá dor; porquanto as coisas d’outrora desapareceram.
No céu não há doença, nem pobreza, nem incômodos.
Deixam de existir a alternação dos dias e das noites, do frio e do calor; é um dia perpétuo e sempre sereno, uma primavera continua e sempre deliciosa.
Ali não há perseguições, nem ciúmes; neste reino de amor, todos os habitantes se amam mútua e ternamente e cada qual goza da ventura dos outros, como se fosse a própria.
Não há receios, porque a alma confirmada na graça já não pode pecar; nem perder a seu Deus.
Ó meu Jesus, pelo sangue que derramastes por mim, fazei-me digno de entrar um dia na pátria bem aventurada.
Não mereço o paraíso, mas o inferno, porque Vos hei ofendido tantas vezes pelos meus pecados; porém, a vossa morte me faz esperar de possuí-lo um dia.
(Continua…)
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Fonte: retirado do livro “Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório” Tomo II
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Que o Sagrado Coração de Jesus, sempre lhe conceda a paz e as bençãos!
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Uma resposta
Só Deus para nos salvar.