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“Um dia de quinta-feira santa, Sta. Gertrudes viu o Senhor Jesus antes que as Irmãs se aproximassem da sagrada mesa;
Reduzido a um estado de extremo desfalecimento pela veemência do desejo que tinha no seu divino Coração de se unir aquelas almas diletas.
Estava como jacente por terra e não tendo mais forças.
A Santa ficou tão comovida, que ela própria se sentiu a pique de desmaiar;
Mas o Salvador fortificou-a e lhe fez compreender que aquele desfalecimento era o triunfo do seu amor, e que ele ia ficar no cumulo das suas delicias dando-se pela Sagrada Comunhão aquelas almas que tanto desejara”. ( IV, 25 )
Um dia Sta. Mechtilde, estupefata com as provas de ternura do Coração de Jesus, queria, por um sentimento de respeito, afastar-se um pouco dele;
Mas ele, ao contrario, mais a atraía, dizendo-lhe: “Não, fica comigo para que eu saboreie a minha ventura” . (I. 1 9)
D’outra vez, disse-lhe o Senhor:
“Nada me proporciona tantas delicias quanto o coração do homem, sem o qual todavia devo muitas vezes passar.
Tenho todos os bens em abundancia; só o coração do homem é que me foge ainda”. (IV, 54)
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Reflexões: O Sagrado Coração de Jesus é todo desejo.
Deseja a glória de seu Pai, pela qual trabalha unicamente; deseja o coração do homem, para haurir nele as suas delicias;
Antes da sua Paixão, desejava ardentemente sofrer para nos purificar no batismo do seu sangue;
Hoje, deseja com grande desejo vir a nós pela comunhão para nos santificar; deseja-nos porque nos libertou por seus sofrimentos, comprou por seus trabalhos, conquistou por suas vitórias;
Deseja-nos porque lhe somos o bem, a gloria, a felicidade, Ah! Demos-lhe pois o que ele tanto deseja. Quem somos nós para recusar ao amor aquilo que ele deseja?
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Fonte: “Amor, Paz e Alegria: Mês do Sagrado Coração de Jesus segundo Santa Gertrudes”, pelo Rev. Pe. André Prévot.
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