Se Maria Santíssima soube cantar, e com seu
cântico inspirado,
Encher de tons alegres as naves do templo imenso deste mundo, não foi porque lhe tivesse sido poupado o sofrimento.
Não; depois de Nosso Senhor Jesus Cristo, foi Ela que do sofrimento recebeu maior quinhão. De modo que a Igreja lhe chama em sua linguagem exata “Rainha dos Mártires”. E com quanta razão! – Quem ama quer dar provas de seu amor. E quanto maior for o amor, maior será a prova.
Por isso afirmou Nosso Senhor Jesus Cristo que não há maior caridade do que dar a vida por quem se ama… As almas mesquinhas não amam. Porque amar é dar uma parcela de si mesmo. Ou dar-se todo inteiro. E disso elas são incapazes.
As almas grandes, porém, amam. Porque sentem necessidade de se sacrificar. Dividem-se. Dão-se aos pedaços. E, sendo intenso o amor, é completo o holocausto.
É, assim, a história do martírio. A história de Cristo, o mártir divino. A história de Maria Santíssima, Rainha dos Mártires, cuja vida é um sacrifício perene, marcado pelos sete grandes sacrifícios que fizeram, por assim dizer, Maria ser martirizada sete vezes.
Oh! Quanto sofreu a alma gloriosa da Santíssima Virgem! Pequenina ainda, já uma espada lhe transpassa a alma, pela separação completa de seus queridos e santos pais.
Maiorzinha, pela separação do templo, onde tanta paz gozara. Muito jovem ainda é já aceita, pelo seu Fiat, todas as responsabilidades e todas as dores que os Livros Santos prometiam à Mãe do Messias.
E quanto sofre com a dúvida de seu santo esposo! E na viagem forçada para Belém, onde o desprezo e o pouco caso dos seus a provaram rudemente; e, depois, no abandono da gruta, na penúria em que vê nascer o seu divino Filho. No templo, é a linguagem cruel do velho Simeão, profetizando coisas tristes…
E vem a perseguição desumana de Herodes, que a leva para o exílio, onde vê ídolos e pecados. Depois, três dias à procura de seu Menino Deus, com que dor! E lá no remanso de Nazaré sofre também, e como!
E quando Ela fica só, depois da morte de São José e da despedida de seu Filho, que começava a peregrinação apostólica, ouve, é verdade, de seus milagres e de seus sucessos, mas ouve, também, do ódio e das ameaças que O acompanham.
E isso, até a grande realidade: o Filho traído, preso, maltratado, esbofeteado, cuspido, flagelado, julgado e condenado pelo povo…
…É o momento mais maravilhoso da Paixão
Ela deixa a sua solidão; e eis o encontro mais dramático entre uma mãe e seu filho que jamais se deu nesse mundo!
Depois, lá do alto do Calvário, é o que todos os grandes pintores procuraram, em vão, reproduzir: a sagração do amor heroico de uma Mãe que é Mártir duas vezes! E nasce assim o admirável “Stabat Mater” do Bem-aventurado Frei Jacopone.
“Eis – medita o grande Bispo húngaro Proháskha – até onde a guiou, por alegrias e sofrimentos, o Divino Espírito Santo! Maria Santíssima – continua o mesmo santo Bispo – é o momento mais maravilhoso da Paixão”.
E como se não bastasse ter galgado, assim, ao ápice do martírio, segue-se a descida da cruz, a sepultura, após a qual, a soledade dolorosa…
São Boaventura, contemplando a alma da Virgem, se lamentava: “eis que as chagas espalhadas pelo corpo divino de Jesus, eu as vejo todas reunidas na vossa alma, ó Maria!”.
O mesmo dizia o grande judeu convertido Pe. Ratisbonne: “Toda a Paixão de Cristo se reproduziu na alma de Maria, como em um espelho.
Ó sofrimento! Eis o grande problema da vida humana. Mas que, para nós, cristãos, é problema resolvido. Amemo-lo, portanto. Soframos voluntariamente, para não nos assemelharmos aos brutos que sofrem forçados.
O sofrimento nos purifica e nos aproxima de Deus. “Quem entende o que é amor deve entender o que é sofrimento”, dizia Proháskha. Por isso, Santa Teresa exclamava: “Ou sofrer, ou morrer”.
E São João da Cruz: “Só um desejo eu tenho, Senhor: sofrer e ser desprezado por amor de Vós!”. E o Patriarca seráfico: “Quem me dera, ó Jesus, sofrer o que Vós sofrestes”. E nós?!
Rainha dos Mártires, Virgem dolorosíssima, alcançai-nos a graça de permanecer, sempre, convosco, ao pé da Cruz. Fazei que, inebriados pelo Sangue de Cristo, amemos o sofrimento e experimentemos, assim, toda a sua força purificadora e santificadora. Assim seja.
* * *
Fonte: retirado do livro “A Alma gloriosa de Maria” do Frei Henrique G. Trindade OFM.
9 respostas
Oh, mãe santíssima rainha dos mártires rogai por nós que recorremos a vós. Que assim seja. Amém!
Que matéria linda!!!
que deus nos abencoi com intersseçao da nossa mae maria santissima
Mãezinha querida Vós que padecesses os mistérios da cruz ensina-me a aceitar os meus sofrimentos com serenidade e sabedoria concede-me mãe rainha as graças que tanto necessito eu creio no teu imenso amor e na vossa intercessão ao vosso amado Filho Amém
Glória a Nossa Senhora,rainha do martírio e da redenção,protegei-me com sua santa proteção e fortaleza.Louvado seja, o seu amado filho que lhe disse Mãe,eu renovo todas as coisas.Renove a minha saúde e as dos meus filhos, filhas,netas,Carla,Simone,Leila e Simone.
SALVE MARIA MÃE DOLOROSA, ROGAI POR NÓS!
TEMOS EM OURO PRETO -MG A CERIMÔNIA DO SETENÁRIO DE NOSSA SENHORA, NA PARÓQUIA DO PILAR. EM SETE SEXTA-FEIRAS DA QUARESMA. É BELÍSSIMO E COMOVENTE, COM REZAS E CÂNTICOS (DO SÉCULO DEZOITO).
GOSTARIA QUE TODAS AS CIDADES BRASILEIRAS TIVESSEM ESSAS SOLENIDADES EM HOMENAGEM Á MÃE DE JESUS E NOSSA MÃE! SALVE MARIA ONTEM, HOJE E SEMPRE! PAZ E BEM!
BOM DIA !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! SIM E “NÓS”, NÓS VOS LOUVAMOS E LHE ENTREGAMOS EM VOSSAS MÃOS NOSSAS VIDAS, POIS TUDO QUE TEMOS RECEBEMOS DE VÓS, E TEMOS CERTEZA QUE RECEBEMOS SEMPRE MAIS, POIS O PAI DA SEMPRE MAIS AOS FILHOS E NÓS VOS AGRADECEMOS, SEMPRE LHE SUPLICANDO PERDÃO DE NOSSOS ATOS, AMÉM.
Maria, Rainha dos Mártires intercedei por mim neste momento,naquele assunto que eu tanto preciso e vós sabes o que é.Eu creio, eu confio, eu espero. Amém.
O MAE SANTISSIMA O VOSSO SOFRIMENTO NAO TEM COMPARAÇAO NO MUNDO DOS VIVOS ; REZO CONFORME SANTA BRIGIDA NOS DEXOU ESCRITO AS SETE AVEMARIAS EM HONRA E GLORIA DO CORAÇAO DE MARIA. AMEM.